Dessa vez eu escolho a vingança! romance Capítulo 307

"Se seu pai te bater de novo, venha para minha casa! Lá tem comida e bebida, eu te protejo!"

Eu precisava tanto de amigos, mas não podia contar a eles que era uma criança sem pai nem mãe. Por isso, precisava ser forte, para que ninguém pensasse que eu era fraca.

Eu tinha que mostrar um sorriso alegre e ensolarado, para que ninguém pensasse que eu era uma criança indesejada.

Ela ficou um pouco atônita, então piscou os olhos.

Desde então, eu realmente tinha uma amiga.

Lúcia vinha frequentemente à minha casa; nós brincávamos e fazíamos bagunça juntas. Minha tia começou a cozinhar para duas pessoas.

Embora minha tia sempre dissesse algumas palavras de descontentamento, ela nunca deixou de preparar comida para Lúcia.

Com a chegada de Lúcia, meu mundo ganhou um pouco mais de cor, e ela também se tornou mais feliz.

Apesar de não estudarmos na mesma escola, muitas vezes passávamos as noites juntas, conversando sobre as coisas divertidas que aconteciam em nossas escolas.

Até que começamos o ensino médio.

Lúcia se mudou.

O pai dela, perseguido por dívidas, fugiu e levou Lúcia consigo.

Nunca odiei tanto uma pessoa.

Eu o odiava por ter levado minha amiga. Cheguei a desejar que o pai dela morresse, para que Lúcia pudesse voltar.

Comecei a estudar na escola de ensino médio que meus pais escolheram para mim, em Cidade Z, uma das melhores escolas de elite do país.

Aceitei.

Não me atrevi a ir para outro lugar, com medo de que Lúcia voltasse e não me encontrasse.

Naquela época, às vezes eu ia a bares para beber e esquecer.

Afinal, ninguém se importava comigo. Eu achava que talvez tivesse sido esquecida pelo mundo.

Mas naquele dia, não tive sorte e encontrei um cafajeste.

"Garotinha, você é tão pura, é exatamente do tipo que o mano gosta. Que tal tomar uma bebida comigo?"

"É para o bem dela. Nossa irmãzinha ficou curiosa sobre esse lugar e viemos com ela desta vez. Mas e se na próxima vez não estivermos aqui e ela encontrar alguém assim?"

Uma voz de garota também soou, "Irmão, eu só comentei, você realmente interveio. Embora eu ache que aquela menina parecia coitada, também penso que uma boa garota não viria sozinha a um lugar assim... Não é como eu... que tenho vocês comigo..."

...

Ouvi algumas palavras ao longe, mas não consegui entender tudo.

Pelo menos entendi que eles eram uma família.

Vendo-os juntos, eu senti tanta inveja. Ter família por perto deve ser maravilhoso.

Mais tarde, vi aquela garota na minha escola, e muitos na sala falavam sobre ela.

Na verdade, eu já a conhecia. Quando estava sozinha em casa, gostava de navegar na internet.

Vi suas fotos várias vezes online; ela era muito querida por muitos, inclusive na escola.

Ela era amada por sua família, que a mimava intensamente.