Dessa vez eu escolho a vingança! romance Capítulo 311

Eu curvei meus lábios em um sorriso sarcástico, arrastando meu corpo lentamente para longe.

Entrei no banheiro e enchi a banheira com água.

Quando o sangue começou a fluir lentamente do meu corpo, senti que estava tão perto de outro mundo...

Em outro mundo, talvez, eu não seria abandonada...

Será que aquele mundo seria um pouco mais limpo...?

Flávia observava a expressão de Helena e já podia sentir o desespero que a consumia naquela época.

"Mas eu sobrevivi..." Helena sorriu amargamente. "Só que a pessoa que sobreviveu se tornou o que você viu da primeira vez."

Flávia calculou que a experiência de quase morte e o impacto em seu cérebro causaram um desespero tão intenso que, ao acordar, seu sistema nervoso e cérebro estavam desordenados.

A atividade psicológica humana é gerada pela transmissão de informações e reações químicas entre neurônios do cérebro. A saúde mental precária pode causar disfunção nessas conexões neurais.

Esses problemas também podem desencadear questões físicas.

O que ela poderia tratar era o cérebro e parte do corpo, afinal, ela não era psicóloga.

"Vivi anos em um estado de confusão, contando apenas com os cuidados de Lúcia, caso contrário... quem sabe, eu já teria morrido de fome..." Helena enxugou as lágrimas.

"E ainda bem que te encontrei. As pessoas que mereciam punição foram punidas. Só assim pude realmente começar uma nova vida."

Ela olhou para Flávia com lágrimas nos olhos.

Flávia também sorriu.

Hoje, a curiosidade que tinha foi finalmente saciada.

Murilo e Helena provavelmente tinham sentimentos um pelo outro.

Mas um se apaixonou primeiro, depois o outro.

Murilo se apaixonou por Helena depois, mas ele era o tipo de pessoa que, ao saber que não era correspondido, começou a agir de forma anormal.

Seu excesso de confiança e arrogância ao longo dos anos o tornaram incapaz de amar alguém de maneira saudável.

Talvez ele soubesse que Helena estava sendo intimidada na escola.

Mas estava esperando que ela o procurasse pedindo ajuda.

Embora ela fosse da Organização de Assistência Médica e não de um grupo espiritual, essas boas ações não poderiam ser convertidas em poder diretamente.

Mas realizando boas ações, seu espírito também seria tocado positivamente.

Ela sorriu: "Você sabe por que, naquela época, eu... recusei seu gesto de amizade?"

Helena balançou a cabeça.

"Porque, na época, eu estava cercada de maldade e não queria que alguém que fosse bom para mim se envolvesse e sofresse a mesma maldade." Esse era o verdadeiro pensamento de Flávia naquela época.

Helena ficou parada por um momento, e lágrimas começaram a rolar por seu rosto, mas logo ela sorriu.

Como um raio de sol rompendo as nuvens, brilhante e resplandecente.

Afinal, naquela época, nem todos tinham más intenções contra ela...

O mundo, na verdade, não era tão sujo assim...

(A partir do próximo capítulo, todos os personagens começarão a usar o nome Flávia Jesus, o que significa que uma nova história começará.)