Dessa vez eu escolho a vingança! romance Capítulo 317

Flávia estava verdadeiramente impressionada com sua recente experiência de pegar um carro de aplicativo de luxo e ouvir uma série de fofocas surpreendentes. Embora ela já tivesse tido contatos com pessoas de posses, encontrar alguém que levasse esse estilo de vida a um nível tão extremo era algo inédito para ela.

O jovem de cabelos prateados, apesar de crescer em um ambiente tão abastado, não tinha se desviado pelo caminho errado, o que ela considerava bastante raro. Além disso, parecia ter uma certa inocência, o que a fazia pensar que ele optara por dirigir um aplicativo de transporte apenas para ter alguém com quem conversar. Afinal, com estranhos, qualquer assunto pode ser discutido, mas com pessoas conhecidas, muitas vezes, não há vontade de compartilhar.

Infelizmente, ele não teve sorte nos relacionamentos amorosos que buscou online. Flávia lamentava por isso.

Ela ergueu os olhos para observar a imponente mansão à sua frente. O portão de ferro, com cerca de dez metros de largura, guardava uma propriedade inteiramente gerida por um mordomo inteligente, controlado por IA. Antes de sua chegada, seu rosto e informações já haviam sido registrados no sistema, então, ao aproximar-se do portão, ele se abriu automaticamente para ela.

"Bem-vinda de volta, senhora," saudou uma voz feminina mecânica, com uma entonação surpreendentemente suave para um AI.

A propriedade abrigava três mansões, das quais uma já havia sido transformada em laboratório. Graziela também se mudaria para lá em breve, por isso toda a propriedade fora remodelada para se assemelhar a um ecoparque. Essa foi a razão pela qual Flávia escolhera estabelecer-se nos arredores da cidade, em vez de no centro.

A mansão estava equipada com tecnologia anti-satélite, tornando impossível para qualquer satélite capturar imagens da propriedade. Nos mapas de satélite, tudo o que se via era um modelo das construções. Além disso, a área era uma zona de exclusão para drones, que seriam automaticamente interrompidos se tentassem sobrevoar o local. Ela já havia discutido essas medidas com o Velho Sr. Alves, que tinha contatos diretos com o exército, poupando-a de interações desnecessárias.

Ainda havia uma disputa em andamento entre Augusto Silva e André Barros, mas Flávia estava satisfeita por poder manter-se à parte disso.

Mal havia chegado à propriedade quando recebeu uma ligação do Velho Sr. Alves.

"Menina, então você já chegou em Brasília? Onde está agora?" A alegria na voz do Velho Sr. Alves era palpável.

Flávia sorriu, "Acabei de desembarcar, estou em casa agora."

Enquanto caminhava pela propriedade, ladeada por árvores frondosas que projetavam sombras dançantes sobre seu rosto, ela percebeu que o tamanho da casa também trazia suas desvantagens. Em algum momento, pensou em disponibilizar carrinhos de golfe por toda a propriedade para facilitar o deslocamento.

"Eu lhe disse para ficar na casa do Jeremias. É espaçosa, e como está desocupada, logo estará em ruínas. Assim, você economizaria e não precisaria comprar uma casa," lamentou o Velho Sr. Alves.

Enquanto ouvia o Velho Sr. Alves, Flávia notou sons de fundo que pareciam vir de uma televisão, mas mais tarde percebeu que eram apenas outros senhores idosos conversando.

"Obrigada, Vovô Alves, mas prefiro a comodidade de ter meu próprio espaço," respondeu Flávia ao entrar na mansão.

"Quando você virá nos visitar? Venha ver meus camaradas também," perguntou ele, com um tom de cautela, como se temesse uma recusa.

"Vou precisar de uns dias para me instalar," respondeu ela.

Ao ouvir isso, o Velho Sr. Alves exclamou animadamente, "Ótimo, ótimo! Espere até você se acomodar. Eu mesmo vou te buscar!"

Flávia hesitou por um momento, "É melhor que eu vá até você. Não seria apropriado fazer o senhor vir até aqui."

"Está bem, está bem! Brasília está esfriando, cuide-se," ele aconselhou.

"Serei cuidadosa. Obrigada, Vovô Alves," ela respondeu, sorrindo.

Na grande área comum de Brasília, quatro ou cinco senhores de idade estavam ao redor do Velho Sr. Alves, todos curiosos.

"Essa é a moça que te curou?"

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