Dessa vez eu escolho a vingança! romance Capítulo 349

Para Talles, conhecer apenas Flávia já era suficiente; no coração dele, Flávia ocupava uma posição muito mais importante do que qualquer outra pessoa.

Ele preferia que qualquer um outro morresse a ver Flávia em perigo.

Quando Flávia viu a equipe de resgate se aproximar, soltou o braço de Ziraldo, que estava apoiado nela.

Imediatamente, Ziraldo, que estava praticamente pendurado em Flávia, caiu sobre os socorristas.

Os socorristas prontamente o colocaram em uma maca e o levaram para um exame.

No entanto, Ziraldo parecia relutante, insistindo em descer.

Alfonso gritou para a equipe: "Segurem-no firme! Só liberem depois dos exames!"

Então, Ziraldo foi mantido firmemente pelos socorristas, como se estivessem lidando com uma tartaruga resistente.

Após dar essa ordem, Alfonso voltou sua atenção para Flávia.

"Você também não quer fazer um exame? Está se sentindo bem?"

Talles prontamente concordou, "Sim, você está se sentindo bem?"

Flávia balançou a cabeça, "Estou bem. Além disso, vocês esqueceram que eu mesma sou médica."

Ela realmente estava bem.

"Por que você o salvou? Quase arriscou sua vida. Ele não é uma boa pessoa..." Talles não pôde deixar de murmurar.

Flávia esboçou um sorriso, "Eu sabia que não estava arriscando minha vida. Além disso, ele não precisava morrer."

Ela era uma profissional da saúde, acostumada a lidar com a vida e a morte.

Mas, se alguém não precisava morrer, ela faria o possível para salvar essa pessoa.

Embora ela não fosse alguém que se vangloriasse de sua bondade, acreditava em acumular boas ações.

O mais importante é que esse rapaz não merecia morrer.

Desde que ele se irritou por não tomar medidas de segurança nas corridas, ela percebeu que ele não era mau por natureza.

Mesmo durante as brigas, ele nunca a agrediu fisicamente ou aos seus companheiros.

Houve apenas palavras duras.

Então, ela o salvou.

Flávia percebeu que estava sendo observada por muitos olhos.

Foi então que olhou para os irmãos de Ziraldo.

Cada um deles tinha um olhar complexo, como se estivessem indecisos sobre o que dizer.

Mas era claro que o olhar hostil que tinham antes para Flávia tinha desaparecido.

Alfonso também olhou para aqueles homens.

Ele notou que tinham marcas de inchaço no rosto, e um deles estava com a perna engessada...

Ele se perguntou: Será que Flávia os agrediu?

"Flávia..." um dos rapazes não pôde deixar de falar, "é que..."

Se perdessem uma aposta para uma mulher e não admitissem, seriam ridicularizados.

Para eles, a honra era importante, mas manter a palavra também era.

Alfonso sussurrou no ouvido de Flávia: "Esses rapazes costumavam seguir Jeremias, então, embora tenham temperamentos difíceis, não têm problemas de caráter... Pelo menos, sabem perder."

Talles também ficou surpreso com a facilidade com que esses rapazes admitiram a derrota.

Ele pensou que eles fossem dar o calote.

Flávia arqueou a sobrancelha, lançando-lhes um olhar atento. "Conforme o combinado, é melhor que vocês saibam o que fazer. Não preciso ensinar, certo?"

Os indivíduos trocaram olhares, cada um soltando uma tosse constrangida.

"Ou será que vocês querem competir em outra coisa? Enquanto eu tiver tempo, estou à disposição," acrescentou Flávia.

Os três rapidamente acenaram com as mãos. "Não, não é necessário..."

Flávia assentiu, sorrindo. "Então está bem."

Os três trocaram olhares novamente.

Por que parecia que Flávia não era nada como Glória havia descrito?

Ela não apenas se comportava de maneira normal, mas também era completamente diferente do que eles haviam escutado.

Com habilidades excepcionais em combate e corridas, além de ser capaz de salvar vidas em momentos de perigo sem guardar rancor...

Como alguém assim poderia ser descrito por Glória como uma pessoa de caráter duvidoso e manipuladora?