Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 10

Rosa Maria Costa não continuou a conversa, e eu também não retomei o assunto, mergulhando no silêncio.

Em pouco tempo, Rosa Maria Costa percebeu que havia tocado em um assunto doloroso para mim e, rapidamente, mudou de tópico e saiu do quarto para dormir.

Eu voltei para o meu quarto, mas fiquei acordada até o amanhecer, lutando contra a insônia. Quando finalmente consegui cochilar, fui abruptamente despertada pelo som irritante do telefone.

Tentando conter minha irritação, atendi sem nem olhar quem era: "Quem é o idiota que liga no meio da madrugada?"

Do outro lado da linha, veio a voz grave de Sebastião Laureano, que parecia ter um toque de urgência ao perguntar: "Rosângela Damasceno, onde você está?"

Sebastião Laureano?

Minha mente nebulosa de repente ganhou um pouco de clareza ao ouvir seu nome. Olhei o relógio: cinco e meia da manhã. A raiva tomou conta de mim.

"Sebastião Laureano, você está maluco? Por que está me ligando tão cedo?"

Ele hesitou antes de responder: "Eu sonhei que você estava se machucando, até sonhei que você morreu, de uma forma terrível."

Minha mão fechou em punho: "Você passa os dias pensando na minha morte para ter esses sonhos bizarros? Além disso, se eu realmente morresse, o que uma ligação sua resolveria? Você acha que ligando você poderia me salvar?"

Na minha vida passada, quando eu estava no hospital para uma cirurgia, realmente precisava que ele ligasse e assinasse alguns papéis.

Mas agora estou bem viva, então esse tipo de comentário soa ridículo.

Sebastião Laureano pareceu perceber o absurdo da situação e não insistiu mais nesse ponto.

"Onde você guarda os remédios? E a água, onde esquenta?"

Ah, essa criatura, querendo me tratar como empregada novamente.

Agora, começo a suspeitar que ele inventou essa história de sonho só para me pedir favores.

Ignorei, pensando em desligar, mas Sebastião Laureano falou num tom mais baixo: "Rosângela Damasceno, estou com dor de estômago."

Na minha vida passada, me sacrifiquei como dona de casa, mas no final, fiquei sem nada.

Nesta vida, pelo menos, vou garantir minha segurança financeira.

Ele rangeu os dentes: "Rosângela Damasceno!"

Ele estava prestes a me insultar, mas eu desliguei sem hesitar e tentei voltar a dormir. Antes mesmo de colocar o telefone no criado-mudo, Sebastião Laureano ligou novamente.

Recusei mais uma vez, sentindo uma satisfação enorme.

Na minha vida passada, era sempre ele quem recusava a minha ligação. Nunca imaginei que chegaria o dia em que eu faria o mesmo.

Nesta vida, não preciso mais me preocupar em agradá-lo, com medo de ser rejeitada ou de não ser suficiente.

De agora em diante, não serei a esposa de ninguém, nem a nora de alguém, apenas serei eu mesma, vivendo feliz...