Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 15

No momento certo, a porta do elevador se abriu. Entrei apressada, pressionando freneticamente o botão para fechar a porta e me afastar daquela situação. Já que as coisas chegaram a esse ponto, eu definitivamente não usaria mais o carro que ele comprou. Ao sair, joguei as chaves do carro sobre o capô e peguei um táxi.

"Para onde?" O motorista perguntou.

Tentei conter minha irritação. "Cemitério Jardim da Saudade."

Enquanto o carro acelerava, ao chegar perto da entrada do cemitério, recebi uma ligação que fez meu olhar se tornar frio.

"Pai?"

Do outro lado da linha, veio a voz de um homem de meia-idade, firme e forte.

"Rosângela, faz quanto tempo que você não vem nos visitar? Se tiver um tempo livre hoje, venha para casa. Vamos nos reunir como uma família. Eu também tenho algo importante para te dizer."

Mordi meu lábio inferior, já acostumada com as introduções do meu pai, mas acabei concordando.

"Tudo bem."

Depois de descer do carro, andei descalça entre os túmulos até parar em frente a uma lápide.

Olhei para a foto na lápide, perdida em pensamentos, e forcei um sorriso: "Mãe, vim te visitar."

Sentada no chão, olhava para a foto daquela mulher sorridente e gentil, e não pude evitar que meus olhos se enchessem de lágrimas enquanto limpava a imagem: "Mãe, demorei tanto para vir te ver, você está chateada comigo? Não fique brava, eu prometo que vou te visitar mais vezes. Desculpa, mãe. Eu devia ter te ouvido naquela época, não deveria ter casado com Sebastião Laureano. Estou arrependida, muito mesmo...", eu disse, com a voz embargada: "Mãe, eu errei..."

Um ano atrás, quando estava prestes a me casar com Sebastião Laureano em um casamento arranjado pela família, só minha mãe se opôs.

Ela tentou me convencer por um longo tempo, dizendo que uma mulher nunca deve se casar com um homem que não a ama. Sem amor, a vida seria repleta de dor e tristeza.

Ela disse que eu era a filha que ela criou com tanto esforço e que só queria que eu tivesse uma vida pacífica e feliz. Pediu-me para não cometer os mesmos erros que ela.

Um homem de meia-idade, um pouco acima do peso mas sempre sorridente, era meu pai.

À esquerda, uma mulher de meia-idade vestindo roupas e joias de grife, com uma aparência sofisticada, era minha tia.

À direita, uma jovem delicada e bonita, vestindo uma saia curta, era minha prima, Leila Lacerda.

Olhando para eles, pareciam uma família de três pessoas, cheia de harmonia e felicidade.

Mauro Damasceno, ao me ver, acenou rapidamente.

"Rosângela voltou, o que está esperando aí parada? Sua tia e sua prima vieram especialmente para te ver. Venha, vamos sentar para jantar."

"Ô moça, como você veio sem calçados? Não machucou o pé, não? Espera aí, vou te arrumar um par de chinelos." Nesse momento, a empregada, Dona Luísa, correu para abrir o armário de sapatos e me encontrar um par.