Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 163

Dr. Caio, com uma preocupação evidente, falou: "Escute meu conselho, já que você se envolveu com ele e ele não parece tão ruim assim, por que não tenta levar a vida adiante com ele? Você não estava completamente apaixonada antes? Talvez amá-lo mais uma vez não seja tão difícil, e você pode acabar se acostumando novamente."

"Ou, se você realmente quer se divorciar, faça de tudo para irritá-lo, seja excessivamente grudenta. Os homens detestam isso, e talvez, depois de um tempo, ele fique cansado e concorde com o divórcio..."

Eu não disse uma palavra, apenas desliguei o telefone com a face tensa.

Em seguida, entrei em contato com todos os advogados que conhecia. Inicialmente, todos pareciam dispostos a ajudar, mas assim que mencionava a identidade de Sebastião Laureano, começavam a inventar desculpas ou a me dissuadir da ideia.

Era óbvio que eles temiam o poder de Sebastião Laureano e se recusavam a pegar o caso.

Apertando o celular com força, uma raiva crescente tomava conta de mim, "Esse desgraçado do Sebastião Laureano!"

Quando estava prestes a ligar e despejar um monte de insultos nele, lembrei que o tinha bloqueado. Fiquei parada, respirando fundo, lutando contra a raiva, até que consegui me controlar.

Se Sebastião Laureano estivesse diante de mim naquele momento, eu certamente o atacaria!

Finalmente, enquanto caminhava em direção ao hospital, liguei para Rosa Maria Costa.

"Rosa Maria, você conhece algum advogado com influência, que não tenha medo de enfrentar os ricos? Você poderia me recomendar alguns? Eu preciso iniciar um processo de divórcio."

Rosa Maria Costa ficou chocada. "Divórcio? Sebastião Laureano não tinha concordado em se divorciar de você? O que aconteceu?"

Quem sabe o que se passa na cabeça desse homem... Seguindo a lógica de antes, ele deveria estar percebendo que gosta da Clara Céu Soares.

Eu querendo me divorciar deveria ser motivo de felicidade para ele, não de impedimento. Não fiz nada para mudar o curso de seu interesse por Clara Céu Soares, então por que as coisas tomaram esse rumo?

A menos que... algo tenha mudado, interferido no curso dos acontecimentos. Mas quem poderia fazer isso, além dos próprios envolvidos? Não seria Sebastião Laureano mudando de ideia sobre si mesmo, seria?

Perdida em pensamentos, mordi meu lábio. "É complicado explicar agora, mas parece que o divórcio amigável não será possível. Estou precisando de dinheiro, e preciso ganhar esse processo. Você pode me ajudar, por favor?"

Rosa Maria Costa prontamente respondeu: "Claro, claro, não se preocupe. Vou ver o que posso fazer e te aviso."

Depois de desligar, fui direto ao hospital visitar meu tio, mas ao chegar lá, encontrei apenas Hector Rocha, parado junto à janela.

Claro que doía, ser pressionada contra a parede de surpresa não era nada confortável.

Olhei para Hector Rocha, cujo rosto bonito estava tingido de remorso, e seus olhos escuros atrás dos óculos de armação dourada refletiam uma confusão genuína.

Não pude deixar de rir, dando-lhe um leve soco no peito. "Estou bem, só dói um pouco. Você é muito desconfiado, quase quebrou meu braço. Estamos em um hospital, não no exterior, está tudo bem aqui, é seguro."

Hector Rocha me olhava intensamente, seus olhos profundos, "Desculpe."

Eu girei meu braço, Hector Rocha parou de pressionar a tempo, já não doía mais, mudando de assunto, "Não precisa se desculpar, onde está meu tio, ele está por aqui?"

Hector Rocha sorriu para mim, uma de suas mãos alongadas massageava meu ombro enquanto a outra apontava para fora da varanda.

"Está lá embaixo conversando com alguém, debaixo daquele poste, está vendo?"

Seguindo a direção que ele apontava, eu olhei. Minha visão é muito boa, embora não pudesse ver o rosto claramente, mas pela silhueta e a sensação geral, eu reconheci meu tio. Ele estava sentado numa cadeira de rodas, de perfil para mim, e à sua frente, uma mulher muito alta e magra, falando sobre algo.