Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 198

Eu disse: "Ele está tão ocupado lidando com inúmeros assuntos, como poderia vir ao jantar? Hoje ele foi viajar para discutir uma parceria."

Meu pai subitamente enfureceu-se, "Você não disse a ele que hoje é meu aniversário? Te pedi uma coisa tão simples e nem isso você consegue fazer direito, o que você faz da vida?"

Essa reprimenda arbitrária teria envergonhado a Rosângela Damasceno de outra vida, fazendo-a sentir-se inútil e incapaz, mas a Rosângela Damasceno de hoje apenas sorriu levemente.

"Eu disse, mas ele respondeu que estava ocupado e não poderia vir. Quer que eu ligue novamente para verificar?"

Dito isso, eu vasculhei minha bolsa e retirei uma faca de cozinha grande, assustando Juliana Lacerda, que recuou várias vezes. Observando seu rosto culpado, sorri sutilmente.

"É apenas uma capa para celular, para assustar os mal-intencionados."

Juliana Lacerda ficou ainda mais pálida. Sabendo que ela se sentiria atingida, fiquei bastante satisfeita ao usar minha capa de celular em forma de faca para fazer uma ligação, obviamente não para Sebastião Laureano, mas sim para Rosa Maria.

"Tião, hoje é aniversário do nosso pai, se você não aparecer, ele vai brigar comigo. Tanta gente olhando, vou ficar constrangida."

"Ok, eu falo com ele."

Passei o celular para meu pai, que, nervoso, atendeu, mudando imediatamente o tom de voz para um mais suave.

"Presidente Laureano, hoje é meu aniversário, muitas pessoas vieram. Se o Presidente Laureano pudesse..."

Sua expressão escureceu, devolvendo-me o celular, "Ele desligou."

Peguei o celular de volta, fazendo cara de quem estava prestes a chorar.

"Pai, não é que eu não tenha tentado, ele simplesmente não quer vir. Você entende, não é?"

Eu sabia quanto meu pai e Juliana Lacerda haviam se esforçado para organizar este dia. Olhando para os convidados presentes, percebi que minha sogra e Sebastião Laureano não haviam aparecido, deixando meu pai extremamente constrangido.

Meu pai, ansioso, disse: "Mas aquele investimento que discutimos, não podemos adiá-lo mais, precisa ser decidido logo."

Eu o tranquilizei: "Por que a pressa? Com tantos convidados importantes aqui, vamos primeiro curtir o aniversário, depois falamos sobre o projeto."

Estava indo procurar algo deixado pela minha mãe quando vi Leila Lacerda descendo, com uma tiara e um véu, escondendo as marcas de agressão, vestida de maneira chamativa como uma dançarina de cabaré.

Ela sorriu provocativamente para mim, "Viu, Rosângela Damasceno? Todos estão me olhando. Isso é o poder de uma verdadeira beleza. Eu disse que ia superar você, e consegui."

Eu olhei para baixo, e de fato, quase todos os olhares masculinos estavam voltados para ela. Então, voltei minha atenção para Leila Lacerda, observando seus ombros alvos, clavículas e coxas, e soltei um sussurro.

"Estamos quase no início do outono, não está frio?"

A temperatura dentro do recinto mal chegava a seis ou sete graus. Vestida daquela maneira, até mesmo o frio mais ameno seria insuportável.

Leila Lacerda ficou visivelmente tensa, como se finalmente sentisse o frio, e um arrepio percorreu seu corpo.

Ela tocou seus ombros, prestes a dizer algo, mas de repente seus olhos brilharam em direção à porta. Enquanto descia, segurando sua saia e com um sorriso doce e radiante, ela disse:

"Tião, você chegou——"