Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 21

Engraçado é que a oportunidade de ir para o exterior foi Sebastião Laureano quem arranjou, para isso ele até participou de um jantar e bebeu, voltando para casa tarde da noite reclamando de dor no estômago. E eu, com o coração apertado, cuidei dele a noite inteira sem dormir.

Eu e Sebastião Laureano somos ambos devotados, a diferença é que eu sou devotada a ele, e ele é devotado a outra pessoa.

Eu ainda estava distraída quando ouvi a médica rir e dizer: "Tudo bem, lembrei de tudo que vocês disseram, podem ficar tranquilos, tchau."

Logo em seguida, a médica abriu a porta e, ao me ver, sua expressão mudou de repente: "Cuidado!"

Antes que eu pudesse abaixar a cabeça para verificar, uma dor ardente veio da minha mão direita.

A água quente havia derramado, e eu franzia a testa de dor.

Ela imediatamente pegou minha mão e a colocou em água fria para esfriar, franzindo as sobrancelhas.

"Como pôde se distrair ao pegar água quente? Isso é muito perigoso."

"Felizmente não é grave, tenho pomada para queimaduras no meu escritório, vou aplicar um pouco em você, pode sentir um calor, mas deve melhorar até amanhã."

Eu olhava para ela, atordoada. Sua voz era tão gentil, e seus gestos também, baixei o olhar e vi seu nome no crachá - Clara Céu Soares.

Clara Céu, se parece o céu se tornando claro depois da chuva.

Ela era tão maravilhosa quanto seu nome sugeria, cheia de bondade para com tudo ao seu redor.

Não é à toa que Sebastião Laureano a amava tão profundamente a vida toda, disposto a dar tudo por ela.

Em minha mente, não pude evitar lembrar da cena de seu noivado em minha vida passada, Sebastião Laureano era profundamente apaixonado, e Clara Céu Soares parecia muito feliz também. Eles finalmente conseguiram ficar juntos, apesar das dificuldades.

"Bem, sua mão não está mais tão vermelha," a voz gentil de Clara Céu Soares trouxe-me de volta ao presente, seu rosto inocente iluminou-se com um sorriso: "me espere um pouco, vou pegar um remédio para você."

"Tio, meu número já está salvo no seu celular. Se acontecer alguma coisa, me ligue. Não se preocupe com dinheiro, deixe comigo."

Eu disse isso porque percebi que meu tio estava desleixado, não parecendo alguém com recursos.

Suspeitei que ele não teve sucesso na vida e foi expulso de casa pelo meu avô, que dá muita importância à riqueza.

Eu mal tinha dado um passo para fora quando ele, de repente, segurou meu pulso por trás.

Virei-me e vi que meu tio tinha, não sei como, uma peça de jade na mão.

A peça tinha uma orquídea cuidadosamente esculpida, muito fina e bonita.

Ele acariciou a jade com o polegar algumas vezes e, como se estivesse me entregando um tesouro raro, colocou-a em minha mão.