Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 251

Não é uma pergunta, mas uma afirmação.

Ele adivinhou.

Meus olhos tremem levemente, mas não estou surpresa.

A situação de agora pouco já era suficiente para provar que eu não era uma iniciante, e Sebastião Laureano sabia que Hector Rocha era parceiro da Senhora Borboleta. Ele não era tolo, com certeza poderia adivinhar quem eu era.

É realmente uma pena, eu originalmente queria que ele soubesse disso apenas após o divórcio.

Eu olhei para ele, e com a outra mão tentei afastar a dele, "Eu nunca neguei ser a Senhora Borboleta, foi você que continuou negando."

Sebastião Laureano segurou minha mão firmemente, seus olhos ainda fixos em mim, a tensão e frieza refletidas em seu rosto bonito.

"Por que eu negaria? Não é porque depois que você casou comigo, tudo o que você faz é cuidar da casa e me perguntar se eu comi bem ou dormi bem, sem falar de mais nada? Você casou comigo e escondeu todas as suas habilidades, sempre se fazendo de boba diante de mim. Realmente, você me enganou, eu deveria te elogiar, sua habilidade de atuação é excepcional. Você não deveria estar no mundo do design; seu lugar é no palco. Não é à toa que eu senti que você mudou recentemente. Talvez desde o começo você nunca tenha sido a Rosângela Damasceno que eu conhecia. Agora que está mostrando sua verdadeira natureza. O que você pretende fazendo isso com a família Laureano, me enganando? O que mais você está escondendo de mim? O que mais eu não sei?"

De repente, fiquei atônita, totalmente despreparada para essa reação, e acabei rindo de nervoso.

Eu pensava que no máximo ele ficaria zangado por eu brincar com a verdade, mas não imaginei que ele inventaria toda essa história.

A família Laureano nunca permitiu que as mulheres se destacassem. Antes mesmo de eu entrar para a família, minha sogra já havia me avisado. Casar com ele significava que eu tinha que ficar em casa, ele nem fala sobre seu trabalho comigo, nem me permite tocar nele, nem sequer temos uma vida conjugal. O que mais eu poderia fazer além de cuidar dele?

Ainda dizer que me enganei.

Eu não me importei com sua mão ferida pelos cacos de vidro, mas diante da raiva que via em seus olhos, minha razão começou a voltar.

Realmente, sem exagero, senti que se eu repetisse o que disse, ele poderia realmente me atacar.

Talvez tenha tocado em algum ponto sensível dele, que por pouco não perdeu o controle.

Eu me contive um pouco, respirei fundo e sorri.

"Presidente Laureano, na vida, é normal nos depararmos com idiotas; sempre me deparo com o mesmo idiota, o que inevitavelmente torna meus sentimentos mais intensos. Por isso, talvez tenha sido muito sincera nas minhas palavras agora há pouco. Peço que me desculpe, e se não puder, que aguente, pois afinal, na próxima segunda-feira, você estará livre de mim de uma vez por todas."

Dito isso, não fiquei nem um momento a mais, saí batendo a porta, deixando Sebastião Laureano para trás, de maneira nada amistosa.