Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 27

A última frase não me afetou muito; minha mente estava ocupada com o que Seu Luís havia dito: Clara Céu Soares veio por iniciativa própria.

Isso meio que subverteu minha percepção sobre Clara Céu Soares. No início, sua relação com Sebastião Laureano parecia não ser muito íntima. Sebastião Laureano foi quem se apaixonou primeiro, usando todos os meios possíveis, sutis e agressivos, levando cinco anos para conquistá-la.

Portanto, eu supus que Clara Céu Soares provavelmente foi chamada por Sebastião Laureano. Clara Céu Soares, com sua beleza e bondade, não teve coração para recusar.

Talvez Seu Luís não soubesse de tudo, ou talvez estivesse tentando promover uma reconciliação.

Mas eu já não me importava mais. Eles que façam o que quiserem; contanto que eu cuide de mim mesma, evite me envolver com eles novamente e preserve minha vida, evitando as tragédias da minha vida passada, já está bom.

Percebendo que eu estava distraída, Seu Luís chamou-me baixinho: “Senhora, tendo sido motorista do Presidente Laureano por tantos anos, percebi que, quando você está ao lado dele, ele parece viver de uma forma mais normal. Durante este período em que você esteve ausente, o Presidente Laureano voltou a...”

Ele não conseguiu terminar a frase, pois a porta do passageiro foi aberta subitamente

Seu Luís imediatamente ficou em silêncio, e eu vi a mão bem definida de Sebastião Laureano segurando uma elegante sacola de presentes, cuidadosamente colocada no assento ao meu lado.

Era tão elegante que não parecia ser um presente para uma mãe, mas sim para alguém de sua própria idade.

Supus que o presente fosse para Clara Céu Soares.

Sebastião Laureano lançou-me um olhar rápido para confirmar minha presença antes de ir para o banco de trás.

Uma perna longa e esguia entrou primeiro no carro, seguida pelo resto do corpo acomodando-se no assento.

Ao fechar a porta, um vento soprou, bagunçando meus cabelos.

Junto com o vento, veio um suave e agradável aroma de orquídea, refrescante e agradável.

O carro logo começou a se mover.

Eu arrumei meu cabelo e então virei-me na direção de onde vinha o aroma, encontrando-me com um perfil quase perfeito.

Meu olhar fixou-se à frente, não desviando, enquanto eu dizia: "Não tenho dinheiro."

Sebastião Laureano curvou o canto da boca, lançando-me um olhar. "Imaginei. Depois de me deixar, até onde você poderia ir?"

Eu trinquei os dentes, encarando-o friamente.

"Sebastião Laureano, essa sua atitude de nobreza superior realmente me irrita."

"Se você continuar falando assim, eu nem vou a esse jantar."

"Não se importa?" Sebastião Laureano disse, meio rindo, meio zombando, sem perceber o que realmente estava provocando. "Quem se importa se você não se importa?"

Ignorei seu sarcasmo, sem oferecer outra resposta, e o interior do carro voltou a ficar tranquilo.