Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 272

Sebastião Laureano soltou um sorriso quase imperceptível em seus lábios finos, "Você ainda quer se divorciar de mim, para depois se tornar minha amante?"

Eu pressionei meus lábios firmemente, "Eu estava apenas tentando te dar um conselho amigável."

Embora a palavra amante soe um pouco dura, pelo menos após o divórcio, eu seria livre, capaz de fugir.

Vou considerar que falhei com Sebastião Laureano nesta vida. Eu simplesmente não consigo ter um relacionamento saudável com ele.

Estou com medo de não conseguir superar o dia de hoje. Estou realmente com medo de enlouquecer e acabar batendo nele. Às vezes, os instintos do corpo não mentem. Eu conheço meu coração; se eu me envolver com ele, certamente me lembrarei de minha vida passada, e lembrar da vida passada significa odiá-lo.

Odeio-o por trair nosso casamento, por desonrar meu amor verdadeiro, e mais ainda, odeio a mim mesma na vida passada por apostar tudo em um amor, acabando completamente derrotada.

Ele quer dormir comigo, eu provavelmente terei uma reação adversa.

Sebastião Laureano brincava com o celular, dando uma risada fria, "Você se subestima, eu não. Não tenho o costume de manter amantes. As regras da família Laureano são estritas, eu nunca manteria uma amante. Esqueça essa ideia."

Mentiroso.

Ele diz que não mantém amantes, mas o que foi Clara Céu Soares na vida passada?

Eu estava furiosa, mas então pensei, o que eu sou para comparar com ela?

Não disse mais nada, subi as escadas tolerando a dor na perna, e fui para meu antigo quarto.

Minhas roupas estavam encharcadas, eu tremia de frio. O interior não havia mudado muito desde que eu saí, exceto por alguns casacos masculinos a mais.

Deve ser que Sebastião Laureano se mudou para dormir no meu quarto.

Ele é realmente um homem estranho. Antes, eu implorava para dormir com ele, e ele recusava a todo custo. Agora que eu saí, ele se mudou diretamente para o meu quarto.

Mas então pensei, isso ainda é sua mansão, ele pode dormir onde quiser. Ao abrir o armário procurando algo para vestir, fiquei surpresa ao encontrar um armário cheio de roupas femininas, a maioria delas minhas.

Eram coisas que Sebastião Laureano me forçou a mandar de volta.

"Ele finalmente encontrou essas encomendas?" Pensei com estranheza.

Ele até as pendurou, junto com suas próprias roupas. Que azar.

Peguei uma toalha e entrei no banheiro, sem esperar encontrar também minhas coisas lá.

Mantive distância dele, desejando poder rolar para fora pela porta.

Vendo que eu não respondia, Sebastião Laureano reprimiu um sorriso, baixou os olhos e disse, "Estou com fome, faça algo para comermos."

Imediatamente me senti aliviada, ainda bem que ele não tinha intenções libidinosas, não queria dormir comigo agora.

Mas logo franzi a testa novamente, "Que tal chamar Dona Eunice para cozinhar?"

Estava vestindo muitas camadas, me movendo com dificuldade.

Sebastião Laureano sorriu, pegando o celular, "Acho que Hector Rocha não merece ser salvo."

Desesperada, eu disse: "Não, eu vou cozinhar, eu vou fazer direito!"

Sebastião Laureano esboçou um sorriso com os cantos dos lábios, levantando-se. Sua estatura jovem e alta avançava lentamente em minha direção, trazendo consigo uma intensa sensação de opressão.

Eu não ousei me esquivar. Ele inclinou-se, elevou sua mão e segurou meu rosto, observando-me com olhos profundos e sombrios.

"A partir de agora, o que eu quiser, você me dá. Sem barganhas, entendeu?"