Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 321

Eu: "..."

Eu só estava dizendo que ele hoje parecia uma pessoa completamente diferente, insistindo em me explicar o que estava acontecendo. Será que ele pensou que eu estava chateada por causa da Clara Céu Soares e, por isso, o bloqueei?

Ele realmente pensou demais. Eu o bloqueei simplesmente porque queria, não por causa de ninguém.

Além disso, ouvir tantas explicações sem sentido dele, como Clara Céu Soares ser alguém que ele prometeu cuidar e que não se casaria com ela, tudo isso é conversa fiada.

Na vida passada, eles estavam juntos, e por causa de Clara Céu Soares, ele me torturou sem piedade. Eu não perdi a memória, lembro-me muito bem.

Deixei as joias que comprei no balcão, paguei e então mandei uma mensagem para Andressa Carvalho, pedindo para ela vir buscá-las.

Por fim, lancei um olhar provocativo para o homem à minha frente, com um porte elegante e atraente, mas com um olhar sombrio.

"Qual o crime em bloquear um ex-marido depois do divórcio? Não vou desbloqueá-lo, o que você pode fazer, me bater? Experimente tocar em mim."

Sebastião Laureano estreitou seus olhos escuros, me encarando fixamente, sem dizer uma palavra.

Eu sorri friamente, "Escute bem, você é o homem que eu não quero mais. Não me incomode."

Dito isso, passei por ele esbarrando em seu ombro, peguei minha mala no balcão e saí andando.

Eu sabia que Sebastião Laureano não me bateria. Isso era algo bom nele; mesmo furioso, ele não chegaria a me agredir fisicamente. A cena mais louca que eu tinha visto dele foi na nossa vida passada, quando perdi nosso filho; ele destruiu seu escritório na minha frente e me amaldiçoou.

Agora que eu e Sebastião Laureano estávamos divorciados, não havia mais nenhuma responsabilidade ou obrigação de marido, ele tinha menos controle sobre mim e não poderia fazer nada contra mim.

Arrastando minha mala, saí da sala de avaliação. Ainda era cedo, e o local estava cheio de gente, com poucos saindo.

De repente, notei alguém me seguindo pelo canto do olho e, para minha surpresa, era Sebastião Laureano.

Senti uma onda de raiva subir, e o encarei furiosamente, "Sebastião Laureano, o que você quer afinal? Por que está me seguindo como uma sombra?"

Ele estava sempre ausente quando eu precisava dele, mas agora, que eu não queria mais, parecia que não conseguia me deixar em paz.

Seu olhar era frio, com um leve sorriso nos lábios.

"Existe apenas um caminho para sair, você pode ir e eu não? Você pagou pela exclusividade?"

Seu rosto atraente escureceu, e sua voz tornou-se fria, sinalizando uma tempestade iminente.

"Rosângela Damasceno, preciso te lembrar que estamos divorciados há apenas três dias? A rapidez com que você seguiu em frente é algo surreal."

Por que ele continuava me culpando, sem motivo algum?

Não era ele quem havia seguido em frente ainda mais rápido?

Irritada, retruquei, "Você por acaso se mexe tanto na minha vida? E daí se alguém me propôs casamento? Mesmo que eu me casasse novamente, em que isso te afetaria?"

Dito isso, acelerei o passo, mas Sebastião Laureano, como se uma corda em sua mente finalmente tivesse arrebentado, subitamente agarrou minha mão, puxando-me bruscamente para perto dele.

Tentando manter o equilíbrio enquanto arrastava minha mala, senti a dor aguda em meu pulso, forçado por sua pegada, e não pude evitar de exclamar furiosa, "Sebastião Laureano, você está doente ou o quê?"

Seu rosto, normalmente sereno e atraente, estava marcado por uma profundidade sombria, enquanto ele apertava meu queixo.

"Você que deve estar doente, não se esqueça que seu corpo ainda leva marcas minhas, que ainda estão presentes. E agora ousa falar em se casar com Hector Rocha? Rosângela Damasceno, onde está sua dignidade, hein?"