Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 33

Ele apoiou a mão, com nós dos dedos bem definidos, contra a parede, aprisionando-me em seus braços.

Um arrepio percorreu minha espinha, e eu me encolhi instintivamente, erguendo os olhos para encontrá-lo. Seus olhos escuros e penetrantes me encaravam intensamente, seu rosto tenso como o prenúncio de uma tempestade iminente.

Pisquei, sabendo que ele acabara de subir, provavelmente após uma reprimenda, e senti um temor inexplicável. "A aula acabou? Então, vamos embora."

Tentei virar-me para sair pelo outro lado, mas ele rapidamente apoiou a outra mão na parede.

Em um instante, fui firmemente cercada por seus braços. Meu coração acelerou, e eu o encarei. "O que você está fazendo?"

Seu rosto impecável estava tenso, e ele baixou a cabeça, com um tom frio.

"O que estou fazendo? Não é isso que você sempre quis?"

Meu coração deu um pulo, e o encarei perplexa. "Sebastião Laureano, você está louco?"

Era difícil acreditar que palavras tão vulgares pudessem vir de Sebastião Laureano.

Ele me encarou fixamente, aproximando-se ainda mais, sua estatura imponente de quase um metro e noventa dominando completamente sobre mim, criando uma sensação opressiva.

"Brincar comigo, pedir o divórcio, repetidas vezes dizer que eu não presto, agora até atestado de virgindade você traz, Rosângela Damasceno, você é demais."

Vendo-o com raiva, respondi sarcasticamente: "O mérito é todo seu, graças à sua mãe. Um ano de casamento sob pressão, aqueles remédios que nem um cachorro beberia, por que eu deveria tomar? Eu tinha que retribuir de alguma forma."

A ferocidade em seus olhos parecia transbordar. Ele riu friamente, "No fim, você está apenas solitária, querendo me forçar a dormir com você?"

"Rosângela Damasceno, com essa cara de pau, vou satisfazer seu desejo e mostrar se sou capaz ou não."

Ouvindo seu tom sinistro, senti um presságio ruim e tentei fugir desesperadamente.

Eu mal tinha tentado mordê-lo para escapar quando uma mão grande agarrou meu pescoço, me empurrando de volta contra a parede fria.

Encarei-o, tão próximo que podia ver os finos pelos de seu rosto, seus olhos profundos e escuros como um abismo, prontos para me engolir.

Sebastião Laureano, finalmente soltando-me com dor, passou a mão pelo lábio, notando o sangue em sua mão branca.

Com um olhar desagradável, ele disse, "Rosângela Damasceno, você é um cachorro?"

Eu também limpei meus lábios, ainda sentindo o gosto de seu sangue, e encarei-o de volta.

"Quem mandou você me beijar? Eu concordei? Que relação temos?"

Na vida anterior, passamos cinco anos casados. Eu, totalmente apaixonada, dediquei-me a ele. Mas ele, por causa de sua paixão do passado, insistiu no divórcio, indiferente até mesmo à minha vida ou morte.

Nesta vida, eu já desisti dele, até pedi o divórcio. Com que direito ele me beija?

Sebastião Laureano, com seus cílios longos e densos tremendo, orelhas vermelhas de vergonha, tinha seu belo rosto coberto por um vislumbre de constrangimento, como se apenas tivesse se dado conta do que acabara de fazer. Mas logo isso foi substituído por uma expressão de irritação.

Ele olhou para mim com um olhar frio e cortante, “O que você diria que é nossa relação?”