Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 364

O interlocutor me deu um endereço e desligou a chamada. Verifiquei no Whatsapp, onde o interlocutor havia compartilhado o comprovante e a foto do dano no colar, confirmando que era de fato um cliente meu.

Eu e Júlio Lacerda demos meia-volta em direção ao endereço, que parecia ser um restaurante de luxo cinco estrelas. Ao chegarmos lá embaixo, vi Júlio Lacerda bocejando e então disse: "Eles ainda não chegaram, e como o colar precisa ser reparado, eles provavelmente terão alguns pedidos para discutir comigo. Fique aqui descansando que eu tentarei voltar o mais rápido possível."

Júlio Lacerda se espreguiçou e respondeu com um sorriso: "Sem problemas, minha irmã é a melhor. Vai lá."

Desci do carro com meu celular em mãos, já estava completamente escuro. Ao chegar ao lobby, disse ao atendente onde precisava ir e fui guiada até uma sala privativa.

Abri a porta do quarto, que estava escuro. Procurei pelo interruptor na parede, acendi a luz, e só então fechei a porta. O ambiente era elegante, não apenas um lugar para comer, mas também havia um sofá e uma televisão.

Sentei-me no sofá por um momento e avisei ao cliente que já havia chegado. Eles responderam que chegariam em três minutos.

Desliguei o celular e notei que minhas mãos estavam sujas.

Depois de escolher materiais durante toda a tarde, era inevitável estar assim. Decidi lavar as mãos na varanda, deixando o celular de lado. De repente, entre o som da água corrente, ouvi passos firmes. Surpresa, pensei: Sr. e Sra. Galvão chegaram tão rápido?

Fechei a torneira e me virei, mas a pessoa que vi me deixou instantaneamente chocada.

"Por que você está aqui?"

Sebastião Laureano avançava em minha direção com seus longos passos firmes, envolto em um terno elegante. Seu perfil era atraente, mas havia uma frieza em seu olhar.

"Por que não poderia ser eu?"

Ele se aproximou, e por algum motivo, senti-me intimidada, recuando a cada passo que ele dava.

Ele não disse nada, apenas continuou se aproximando, e eu recuava, sentindo um frio na espinha.

"Se é por causa do Hector Rocha, você está sendo ridículo. Nós já estamos divorciados, você não tem o direito de interferir na minha vida amorosa."

Após terminar de falar, bati em uma mesa e parei bruscamente. Ele se aproximou rapidamente, e eu pude sentir o cheiro do álcool em sua respiração, o que me fez entrar em pânico.

Ele permanecia em silêncio, o que me deixava ainda mais assustada. Por que sempre me intimidava quando estava zangado?

Mas nós estávamos divorciados, ele não tinha o direito de me confrontar!

Olhei rapidamente para o celular ao lado da pia, corri para pegá-lo e tentei fugir. Mas ele me agarrou pela cintura e me puxou com força, o cheiro forte de álcool invadindo meus sentidos. Percebi que ele havia bebido bastante, e sem pensar, comecei a gritar: "Sebastião Laureano, me solte!"