Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 52

Sebastião Laureano segurou a parte de trás do meu pescoço com a mão, olhando-me intensamente com um olhar frio e severo. Sua voz era profundamente sombria.

"Você que está louca, querendo se divorciar e ainda me provoca. Você não sabe que homens não devem ser provocados?"

Seu hálito quente espalhava-se por minha face. Eu o encarava, seu belo rosto estava tenso: "Quem te provocou? Foi você que começou a me insultar, estou apenas respondendo apropriadamente."

"Além do mais, eu te irrito?"

Na minha vida anterior, além de me recusar a divorciar e irritá-lo, ele jamais ficava zangado comigo, ele sequer se incomodava com minha presença.

E ainda por cima, eu só disse que ele não poderia me ter. Isso é uma provocação?

Sua expressão era inescrutável, não dava para discernir felicidade ou raiva, mas sua voz ficava cada vez mais sombria.

"Você mudou de repente, fazendo escândalos querendo se divorciar, dizendo a todos que eu não sou bom o suficiente, e agora diz que eu não posso te ter, um após o outro. Se eu aguentar tudo isso, não seria então um completo inútil, que nem ao menos tem coragem de enfrentar uma mulher, hmm?"

O brilho em seus olhos era ardente, deixando-me com a pele arrepiada. Eu sabia que ele não faria nada impróprio comigo, mas mesmo assim não conseguia evitar a sensação de medo.

Tentei me levantar, mas ele me segurou firmemente pelos ombros, forçando-me a sentar em seu colo, presa em seus braços.

Encarei seus olhos novamente, tão perto que bastaria ele baixar a cabeça para me beijar. Eu detestava estar tão próxima, e me inclinei para trás com força.

"Eu só acho que, como estamos nos divorciando, você não precisa se preocupar com meu corpo, por isso disse que você não pode me ter, não que você definitivamente não possa..."

De repente parei, tomada por arrependimento e irritação. O que eu estava dizendo!

Sebastião Laureano soltou uma risada fria, seus longos dedos deslizaram dos meus ombros até minha cintura, provocando um arrepio.

"Tão jovem e já tão solitária e insatisfeita, Rosângela Damasceno, eu subestimei você."

Eu estava realmente frustrada. Onde eu parecia ter tantas necessidades? Na minha vida anterior, mesmo que tivéssemos consumado nosso casamento, era ele quem estava insatisfeito, era ele quem me procurava.

Eu rangi os dentes, irritada, soltei sua mão sem querer mais me explicar.

"Sim, eu sou solitária. Mesmo jovem, ainda sou uma mulher casada, e você, um homem casado que não me toca, falhando em suas obrigações. Então, coloque seu nome no acordo de divórcio. Essa é sua única utilidade."

Ele apertou minha mão subitamente com mais força, vi um lampejo de amargura em seu rosto antes de ele me empurrar para longe com frieza.

Eu quase caí, mas consegui me equilibrar a tempo, e olhei para trás: "Sebastião Laureano!"

Seus olhos escuros estavam fixados em mim, sem raiva, apenas com um sarcasmo frio: "Isso é comida entregue, não foi você quem fez. Se não quer falar sobre o divórcio, então não fique por aqui. Você me incomoda."

Fiquei chocada, ele nem tinha comido, como podia saber que não fui eu quem fez?

Eu achava aquela comida entregue bastante boa, como Sebastião Laureano poderia distinguir que não tinha sido eu que preparar?

Vendo-o voltar ao trabalho, meu coração apertou, e imediatamente segurei sua mão que estava no mouse.

"Espere, sim, é comida entregue, mas é porque você merece comer bem, de onde vou tirar comida boa de repente para você?"

Eu fiquei chocada: "Sebastião Laureano, você está voltando atrás na sua palavra, você disse que conversaríamos sobre isso depois do jantar!"

Ele disse com desdém: "Eu disse que precisava estar satisfeito para ter o humor para conversar, agora, a conversa falhou."

Eu insisti: "Mas você estava disposto a me dar o divórcio antes!"

"Eu te dei a chance ontem, e você não soube aproveitá-la, a culpa é minha?"

Frustrada, eu me levantei: "Eu já te expliquei sobre ontem, e agora estou aqui, você também está, podemos resolver isso agora, não vou te deixar na mão de novo!"

Sebastião Laureano me lançou um olhar frio: "Já disse, não vou me divorciar."

Eu precisava me controlar, pensar na minha herança! O divórcio estava se tornando tão difícil, não podia irritá-lo.

Minhas mãos se fecharam firmemente ao redor do tecido do meu vestido ao lado da minha perna, e eu respirei fundo: "Então, quando você estará disposto a se divorciar de mim?"

Sebastião Laureano respondeu com preguiça: "Depende do meu humor."

De repente, senti uma raiva indescritível subindo, olhando para ele tão relaxado e indiferente, e explodi sem pensar.

"Sebastião! Você estava me enganando desde o início? Você é um completo idiota!"

"Você não gosta da Clara Céu Soares? Se não se divorciar de mim, vai deixar ela ser sua amante? Como você pode ser tão baixo, você ainda é um homem?"