Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 67

Ao ouvir isso, fiquei petrificada, um misto de choque e surpresa me paralisou.

"Tio! Você entendeu errado..."

Antes que eu pudesse terminar, Hector Rocha e Sebastião Laureano já nos haviam passado uma bandeja com maçãs cortadas.

Os olhos de Hector Rocha brilhavam enquanto ele perguntava: "Tio, sobre o que você e Rosângela estavam cochichando?"

Augusto Lacerda pegou a bandeja das mãos de Hector Rocha, ignorando completamente Sebastião Laureano, e perguntou amavelmente a Hector Rocha: "Vocês abriram o presente que eu dei para você e a Rosângela?"

Sebastião Laureano, mantendo sua expressão inalterada, continuou a segurar a bandeja, sua presença imponente contrastando com a simplicidade do ato.

Hector Rocha, com um sorriso, mostrou um pingente que estava usando no pescoço, um pedaço de ouro em forma de sol.

"Tio, eu já abri o meu."

Augusto Lacerda assentiu e então olhou para mim: "E você, Rosângela?"

Senti um mau pressentimento, especialmente após ver o presente de Hector Rocha, que explodiu como um vulcão, incontrolável.

Instintivamente, lancei um olhar a Sebastião Laureano, que permanecia imóvel à minha frente. A luz do lado de fora delineava sua alta estatura perfeitamente, embora nesse momento ele emanasse uma aura fria e opressiva.

"Ainda não abri, não há pressa."

Tentei sorrir e desviar o assunto, desesperada para evitar o inevitável confronto.

Mas esqueci que a caixa de presentes estava sobre a mesa. Sebastião Laureano lançou-me um olhar oblíquo, com uma voz profunda e assustadora, "Eu te ajudo a abrir."

Meu coração apertou, e tentei impedi-lo rapidamente, mas Sebastião Laureano, com sua altura e braços longos, foi mais rápido do que eu.

Ele rapidamente abriu, e ao ver o conteúdo da caixa, sua expressão se tornou fria. Eu também vi a forma de lua, e meu rosto congelou.

Eu podia sentir a confusão do meu tio; ele, que normalmente falava pouco, até gaguejava agora. A situação estava me dando uma dor de cabeça insuportável. Nunca imaginei que ele pudesse ter interpretado tudo de forma tão equivocada.

"Ele é meu melhor amigo. Assim que voltou ao país, veio me procurar, preocupado em me ver muito ocupada, por isso me ajudou tanto."

Augusto Lacerda ficou completamente atônito.

Hector Rocha, com um brilho nos olhos, olhou para o presente nas mãos de Sebastião Laureano, calmamente tirou o pingente e o entregou a Sebastião Laureano, sem alterar sua expressão.

"Tio, eu sou um grande amigo da Rosângela, este presente tem um significado muito especial, e eu não me sentiria confortável em aceitá-lo, então prefiro devolvê-lo ao seu verdadeiro dono. No entanto, ainda assim gostaria de continuar chamando-o de tio e espero que, no futuro, eu possa merecer este presente."

Quando Hector Rocha disse isso, seu rosto estava iluminado por um sorriso inofensivo, mas havia uma firmeza em seu olhar. Augusto Lacerda olhou para mim, depois para Sebastião Laureano, e finalmente fixou o olhar em Hector Rocha, a barba por fazer mal conseguia esconder seu constrangimento.

"Tudo bem, pode me chamar de tio se você está com a Rosângela."

Hector Rocha sorriu novamente, desta vez com um olhar desafiador para Sebastião Laureano. Eu, presa entre eles, sentia-me cada vez mais confusa. Por que Hector Rocha queria provocar Sebastião Laureano?