Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 95

Eu me casei com Sebastião Laureano por arranjo, e nosso relacionamento sempre foi manipulado pelo meu avô. Desde o casamento, meu avô sempre me deu conselhos ruins sobre como manter Sebastião interessado, e eu sempre concordava, dizendo que tudo estava indo bem para tranquilizá-lo, mesmo que, na verdade, eu nunca tivesse coragem de fazer nada.

Agora que veio à tona que Sebastião e eu sequer compartilhamos a intimidade de um casal, meu avô certamente percebeu algo, mas escolheu não me confrontar diretamente.

Escutando cuidadosamente as palavras dele, eu não podia deixar de me sentir emocionada. Realmente, conquistar Sebastião, fazer com que ele me amasse, seria a chave para uma vida boa.

Clara Céu Soares não é um exemplo disso? Uma pessoa comum que se elevou às alturas e se tornou profundamente amada.

Infelizmente, eu não almejo mais isso, nem anseio pelo amor de Sebastião.

Homens não são confiáveis!

Mulheres devem ser fortes!

Eu sorri para meu avô e disse: "Vou me esforçar, vovô. Não se preocupe tanto."

De repente, meu avô piscou para mim e disse: "Esta noite, durmam juntos na mesma cama e aproveite bem a oportunidade para me dar um neto saudável e forte o quanto antes."

Eu mal consegui disfarçar meu desconforto. O jeito como meu avô falava era sem pudor. Sebastião só esteve comigo antes porque eu aproveitei de uma situação vulnerável dele. Agora, mesmo que eu me deitasse nua na frente dele, Sebastião nem olharia para mim.

Apesar dos meus pensamentos, eu concordei obedientemente.

"Entendido, farei o meu melhor para ter um filho com ele."

Logo depois, Sebastião terminou de lavar a louça e veio até nós com as mangas arregaçadas e um rosto atraente. Ele nos olhou brevemente e disse com voz calma:

"Vou tomar um banho."

Assim que ele subiu as escadas, meu avô me empurrou em direção a ele.

Tudo parecia igual, exceto que a cama parecia muito menor. Antes, era uma cama de dois metros; agora, parecia ser apenas de um metro e meio!

Franzi a testa, depois dei de ombros com um sorriso irônico: "Meu avô realmente não poupa esforços para nos juntar."

O som da água correndo vinha do banheiro. Olhei para lá e vi, através do vidro fosco da porta, a sombra alta de Sebastião se movendo.

Eu murmurei para mim mesma, incomodada com a ideia de Sebastião me ver tomar banho.

Sebastião não merece comer minha comida, muito menos ver-me tomar banho. Vou encontrar algo para cobrir a porta. Humph!

Procurei algo pelo quarto e acabei sentando na cama com um lençol extra em mãos. A cama pequena era tão confortável quanto a grande que tínhamos antes.

Eu não resisti e testei a maciez e a elasticidade da cama, quando, de repente, um som de "clique" ecoou pelo espaço. Sebastião Laureano, envolto em uma toalha, enxugava os cabelos enquanto saía do banheiro. Levantei a cabeça e meus olhos encontraram imediatamente seu rosto atraente e distante. Meu olhar desceu pelo seu corpo, observando gotas d'água deslizarem sobre sua pele, seguindo em direção aos músculos abdominais definidos e cintura robusta, antes de se perderem sob o tecido da toalha.