Doce Vingança de Lúmina: A Filha Perdida da Família Santos romance Capítulo 364

Enquanto isso.

Lívia Santos, depois de uma noite inteira de tentativas, finalmente conseguiu falar com Glauber Nascimento.

Assim que a chamada foi atendida, ouviu-se o grito furioso de Glauber Nascimento.

— Quantas vezes eu já te disse para não ficar me ligando? Você ignora completamente o que eu digo?

Todas as palavras que Lívia Santos queria dizer ficaram presas na garganta por causa daquele grito, e por um longo tempo ela não conseguiu pronunciar uma única sílaba.

Suas unhas finas cravaram na carne enquanto ela mordia o lábio com força, lutando para não deixar as lágrimas caírem.

Depois de se acalmar, ela finalmente falou.

— Maria Luíza Santos descobriu minha identidade.

Do outro lado da linha, Glauber Nascimento ficou em silêncio por alguns segundos.

— Como ela descobriu?

— Não sei. — disse Lívia Santos, calmamente. — Ela quer te ver.

— Hmph! — Glauber Nascimento bufou. — Que zé-ninguém pensa que é para ter o direito de me ver?

— Se ela não te encontrar, vai contar minha identidade para Vânia Lacerda. — A voz de Lívia Santos era sombria. — De qualquer forma, eu não sou bem-vista na família Santos, então não me importo se Vânia Lacerda descobrir minha identidade.

— Você não consegue lidar nem com uma vagabunda que saiu de uma boate. Para que você serve? — A voz de Glauber Nascimento era grave. — Inútil!

Lívia Santos deu uma risada fria.

— Sim, eu sou inútil! Não consigo lidar com Maria Luíza Santos. E você? Não é inútil também? Tantos anos e não conseguiu obter uma única fórmula, dependendo de mulheres para fazer seu trabalho sujo. Você realmente não é nada inútil.

Ela finalmente entendeu.

Não importava o quão bem ela fizesse, seu pai biológico nunca a aceitaria de volta na família Nascimento.

No passado, para mantê-la sob controle, ele pelo menos fingia um pouco.

Agora, nem se dava ao trabalho de fingir.

Tantos anos na família Santos, andando em ovos, todos os dias tensa, sem ousar relaxar nem por um instante.

Ela estudou desesperadamente, na esperança de ganhar o reconhecimento de seus pais.

Mas no final, ela era apenas uma ferramenta a ser usada.

Desde que nasceu, ela só tinha visto o pai duas ou três vezes, e falado com ele apenas algumas vezes ao telefone.

E em cada chamada, era ele quem tinha algo para ordenar.

Quanto à sua mãe, nestes anos, ela não lhe deu um único telefonema, muito menos veio vê-la.