Ela Aceitou o Divórcio, Ele Entrou em Pânico romance Capítulo 129

Ponto de vista de Scarlett

— Então, o que ele pegou da sua mãe? — Pergunta Lucas.

— Bem...

Lucas estreita os olhos: — Você não sabe o que é?

Não. Eu não aceitei a "proposta" de Sebastian, e, no final, só soube que Jack Fuller pegou alguma coisa.

Droga, aquele idiota.

— Então, qual é a diferença se sou eu indo no seu lugar? — Lucas solta uma risadinha, percebendo minha hesitação. — E como você ia procurar isso, afinal?

— Bem...

— Certo, não precisa dizer mais nada. — Lucas conclui nossa conversa, percebendo que não tenho uma boa resposta para suas perguntas. — Não vou deixar uma mulher grávida subir em varandas do segundo andar para procurar um "talvez ".

— Eu meio que sei distinguir as coisas do Jack Fuller daquilo que não pertence ao escritório dele.

— Vou te mostrar o escritório por vídeo. — A solução de Lucas vem mais rápido do que minha resposta sem graça.

— Se me pegarem no flagra, sou só uma filha entrando no escritório do pai adotivo dela, mas você...

— Não vou deixar me pegarem.

Isso encerrou nossa conversa. A festa começou ao anoitecer e, percebendo que não conseguiria mudar a ideia dele, montamos nosso novo plano. Ainda faltava meia hora para a festa começar quando o ambiente começa a esquentar e a casa inteira ganha vida. Lucas vai entrar no escritório no meu lugar, tentar a senha e procurar por algo que não pertença àquele escritório. Eu ficarei observando de meu quarto, a apenas uma parede de distância e, se algo der errado, vou interromper a festa e causar um alvoroço para que Lucas consiga voltar para o meu quarto, longe de todos.

Eu espero que nada dê errado, porque Sebastian provavelmente estará na festa. Na verdade, isso é quase certo. Nunca vi a Ava dar uma festa sem ele. E, se alguém pode perceber meu plano, esse alguém é ele.

Não precisamos da polícia, porque não podemos provar nenhum crime no que Jack Fuller faz. Mas uma história suja sobre um poderoso local? Eles conseguem despir todas as camadas de cobertura dele como formigas carnívoras.

— Algo estranho ou desconhecido? — Lucas tentou a lista que eu lhe dei com as possíveis senhas e agora está mostrando o escritório pela câmera no bolso de sua camisa.

Eu tenho que admitir o quanto Adrian estava certo... é ridículo pensar que uma criança de dez anos poderia ter adivinhado a senha de um cofre tão importante apenas com a informação do aniversário da mãe adotiva dela.

— Nada demais... — Murmuro, enquanto observo com atenção a imagem nebulosa. Não fico muito tempo no escritório de Jack Fuller. Estive lá uma semana atrás, mas só por algumas horas. Tirei fotos, mas isso está bem longe de ser o suficiente para eu me familiarizar com o que deveria ou não estar ali.

— Talvez.

— Shh! — Lucas de repente me pede silêncio. Eu não ouvi nada, mas, no segundo seguinte, ele se joga em um canto escuro ao lado da estante, como uma onça, e então a porta se abre.

— Dá o fora! — A voz de Ava sai do meu telefone.