Ela Aceitou o Divórcio, Ele Entrou em Pânico romance Capítulo 153

Ponto de vista de Scarlett

Não ousei mergulhar no passado dos meus pais; empurrei tudo para o fundo da minha mente quando saí do carro de Adrian e entrei no local das filmagens. Não era sábio deixar minha cabeça presa a um caso de divórcio de uma década atrás enquanto estava no set de um romance adolescente.

O corpo principal da minha história são as memórias dos protagonistas, por isso passamos os primeiros dois meses filmando em uma escola. A alma mater de Adrian teve a gentileza de ceder o campus para as filmagens, além de algumas salas de aula e tudo mais.

Escolhi esse lugar porque Sebastian... A origem do meu protagonista masculino na história... também estudou aqui, junto com a Ava e comigo. Foi aqui que nossa história aconteceu. Adrian zombou de mim por essa escolha, achando que eu estava realizando meu sonho de um final feliz com Sebastian no meu filme. Uma garota salva por um garoto, que acaba se apaixonando por ele antes de entrar em um casamento feliz.

Ele estava errado.

Eu não sou a origem da protagonista feminina no filme. Ava é.

Sebastian pode ter me salvo, mas ele nunca soube disso. Ele achava que tinha sido Ava, e fez dela a personagem principal em sua vida.

Sempre fui a irmã má, que sentia inveja de Ava e a provocava por chamar a atenção do príncipe encantado.

Então eu queria que minha versão da história fosse ouvida. Queria que a garota que Sebastian salvou ficasse com ele. Queria uma história onde ela encontra a salvação quando a salvação permanece e a quer. Enquanto isso, queria que a garota que foi ignorada e mal interpretada dissesse que qualquer atitude cruel que tenha tomado foi porque ela também queria amor. Queria que a irmã má fosse vista apenas como uma pessoa comum, que talvez, depois que sua voz fosse ouvida, tivesse seu próprio final feliz.

Essa era minha ideia original.

Mas depois do sequestro, alterei a história. Fiquei gananciosa e não queria apenas dar voz a ela. Queria um final feliz para ela. Coloquei um Adrian ali. Bem, não o Adrian de Aurora. Coloquei um cara que amava a irmã má pelo que ela era, não porque achava que ela era uma corredora, quando ela não era, mas porque ela pintava, e ele encontrou sua peça anônima e a encontrou no final.

Este filme deveria se chamar: “E se Sebastian Nunca Tivesse Me Salvado?”

Ava não teria se transformado em uma cobra devoradora de ciúmes; eu não teria sofrido com a ignorância por tantos anos; e Sebastian não estaria preso em um casamento que não queria.