Ela Aceitou o Divórcio, Ele Entrou em Pânico romance Capítulo 16

POV da Scarlett

— O quê?

Eu não deveria, mas ri alto.

Mesmo para Ava, isso é um pouco dramático demais.

— Você quer ela morta.

Diz Gabriel com uma voz fria como pedra.

Ele está realmente falando sério. Sua gangue me olha com desprezo, como se, entre eles, um grupo de valentões, eu fosse a mais perversa.

— Ava mencionou que a última vez que a vi foi no escritório de seu querido pai? Com o papai, a mamãe e o Romeu dela ao redor dela?

— E daí?

Gabriel não está rindo, nem captando minha insinuação.

— E daí?

Ergo a sobrancelha, sabendo que, se eu revirasse os olhos agora, certamente o irritaria, então não me atrevo.

— E como você imagina que eu poderia sequer encostar um dedo nela com seu exército a protegendo?

— Você não encostou um dedo nela?

Gabriel se levanta e caminha até mim com passos perigosos, o tom ficando mais cruel e frio.

— Claro, não um dedo. Você deixou a maldita marca de mão no antebraço dela!

Eu franzo a testa. Eu tentei segurar o braço dela, mas mal fechei minha mão antes de Sebastian me empurrar no chão. Como diabos eu deixei alguma coisa no braço dela?!

— Ela estava tentando me dar um tapa, então segurei seu braço dela.

Tento explicar, sabendo que, se Ava realmente foi "machucada", hoje não sairei daqui inteira.

— E Sebastian me empurrou antes que eu pudesse sequer...

Eu ofego quando Gabriel derrama sua bebida na minha cabeça.

O cheiro forte do álcool arde nos meus olhos. Limpo os olhos em pânico, e esse movimento salvou meu rosto de levar o tapa de Gabriel. Em vez disso, o tapa acertou meu braço, e eu caí para trás.

— Ele fez bem em te empurrar! Ou você já estaria morta agora!

Gabriel rosna para mim.

Eu fico sentada no chão, sem coragem de me levantar. Ele não gosta quando eu me defendo. Eu não posso colocar meu bebê em uma briga que não posso ganhar.

Meu coração bate rápido no peito. O que Aurora está fazendo?! Ela largaria tudo se visse o Código Vermelho. Mas mesmo que ela não tenha visto minha mensagem, já deveria estar aqui.

— Levante-se.

Gabriel ordena.

— O que você quer?

Exijo, apavorada.

Eu poderia fugir se ele tentasse ser físico? Tenho alguma chance? Mas se não fizer isso... Ele pode não me matar, mas definitivamente machucaria o bebê!

Com preguiça, Gabriel pega o celular e aponta a câmera para mim.

— Levante-se.

O tom de Gabriel fica mais irritado:

— Não tenha medo, coelhinha. Só quero um vídeo de desculpas seu.

Eu me levanto devagar. Passei a vida toda pedindo desculpas a Ava por "intimidá-la". Não me importo de fazer isso de novo para proteger meu bebê.

— Não, não me oponho.

Suspiro, querendo acabar logo com isso.

— Boa menina.

Gabriel sorri, focando a câmera em mim:

— Agora, tire a roupa.

O quê?! Arregalo os olhos, sem saber se ouvi direito.

— Tire a roupa, ou eu mesmo tiro.

Diz Gabriel lentamente, com aquele tom perigoso:

— Você não achou que poderia se safar de um comportamento tão horrível apenas dizendo algumas besteiras nas quais nem você mesmo acredita, achou?

— Eu não ataquei ela!

Grito para a câmera dele.

Não quero dar a ele o prazer, mas as lágrimas de humilhação estão nos meus olhos. Ele sempre foi um babaca, mas nunca tinha ido tão longe.

Eu sabia que minha vida seria um inferno agora. Porque Ava não precisa mais de transfusões de sangue de mim como se fossem refeições diárias.

— Você precisa de uma lição que possa se lembrar.

Gabriel sentencia friamente:

— Relaxe. Eu não vou divulgar o vídeo. Afinal, você carrega meu sobrenome. Mas, da próxima vez que você ousar tocar na Ava, pode ter certeza de que eu vou!

No desespero de perceber que ele está realmente falando sério, ele se aproxima com passos largos.