Ela Aceitou o Divórcio, Ele Entrou em Pânico romance Capítulo 172

Ponto de Vista de Scarlett

Eu estremeço com as palavras dele.

Sebastian me agarra pela cintura, esfregando meus braços gelados antes de se virar para Damian Vanderbilt, como um leão enfurecido. Eu puxo seu paletó e o detenho.

Eu mereço isso. Eu escolhi o bebê ao invés de Lilith, quando deveria ter ido com os homens de Jack Fuller. Ela era forte, mas ainda era apenas uma mulher que praticava boxe como hobby. Ela poderia ter se machucado se Sebastian não estivesse aqui.

— Sinto muito. — Murmuro, mas Damian Vanderbilt não vai ouvir.

— Você deveria se desculpar! — Ele grunhe friamente. — Da próxima vez, lide com os seus próprios problemas em vez de colocar os outros em perigo por sua causa!

Embora eu saiba que fui a culpada, não consigo evitar que meus olhos se encham de lágrimas e que meus ouvidos queimem com a dor que suas palavras causam. Oliver Scott sai da multidão, ficando entre mim e seu amigo com uma expressão triste.

Ele não diz nada, mas sua presença faz o ar parecer mais frio.

— Sr. Vanderbilt, por favor! — Lilith levanta a cabeça dos braços dele. Seu tom é suave, mas firme. — A decisão é MINHA e ela é MINHA amiga. Por favor, não coloque a culpa nela. Não foi culpa dela que essas pessoas tentaram machucá-la.

Damian Vanderbilt aperta ainda mais o abraço em Lilith. Ele me olha rapidamente e desvio o olhar. Eu percebo que ele ficou surpreso ao ver Lilith sendo machucada. Eu também fiquei. Não sabia que ele se importava tanto com ela.

Ele se vira para os homens de Jack Fuller.

— Quem mandou vocês?! — Ele pressiona mais força no braço quebrado sob seus pés, com um tom quase cruel. — Estou irritado agora, então é melhor não testarem a minha paciência!

— Jack Fuller! Nosso chefe é Jack Fuller! Ele nos mandou pegar a filha dele, por qualquer meio necessário! — O homem grita de dor extrema, a aura gelada de Damian Vanderbilt faz um calafrio percorrer minha espinha.

— Não olhe. — Sebastian me abraça, enterrando meu rosto em seu pescoço. — Sinto muito por ter chegado tarde. Não vou deixar que ele te machuque novamente. Shhh, você está bem...

Somente com as palavras reconfortantes dele, percebo que estou tremendo bastante. Eu não choraria, mas as palavras suaves dele me atingem mais do que tudo o que aconteceu naquela noite, e eu desabo em lágrimas.

Estou com medo. Tenho medo de ser o alvo de um homem que é legalmente meu pai, que pode dar uma ordem de “qualquer meio necessário”; tenho medo de um verdadeiro bilionário que é meu irmão biológico e que agora me odeia profundamente. Tenho medo deste mundo rico e poderoso ao meu redor, quando nem mesmo consigo prometer a segurança do meu bebê.