Ela Aceitou o Divórcio, Ele Entrou em Pânico romance Capítulo 259

— Me desculpe, de verdade! Eu só... Eu só queria chegar aos carros... — Balbucia Scar, soluçando enquanto tenta articular palavras.

— Eu sei, querida, eu sei. — O homem não para, mas começa a empurrá-la na direção do mais próximo. — E você foi ótima! Vai ficar tudo bem, não se preocupe!

Scar sabe que ele está apenas tentando consolá-la. Ela obviamente piorou a situação. Se Sebastian tivesse conseguido fazer algo antes disso, ela já o teria estragado.

— Desculpa... — Scar não consegue encontrar palavras. Só essa palavra consegue escapar de seus lábios.

— Ei, ei, ei, você está bem? Eu não estou bravo com você. Se a polícia não conseguir chegar a tempo, os carros são nossa melhor opção! — Sebastian coloca as mãos no rosto dela, se abaixando para procurar seus olhos. Ele a encara, fazendo com que ela olhe profundamente em seus olhos, onde só há um calor puro e um cuidado genuíno. — Você fez o melhor que podia e quase conseguiu. Eu só estou feliz por você não ter se machucado. Entra aí.

— Aqui? — Scar recua para o closet embutido. — Estamos nos escondendo aqui de novo? Não podemos, eles estão bem atrás da gente!

— Podemos sim. Este é o lugar mais seguro. — Sebastian a força a entrar, segurando as duas maçanetas das portas. Seu corpo e as portas formam uma linha, protegendo o pequeno forte onde ela está.

— A porta abre para dentro, não vamos conseguir segurá-la. — Sem entender o plano dele, Scar tenta sair. — Precisamos achar outro lugar para...

— Não há outro jeito. — A voz do homem é lenta, rouca, e calma. Ele faz uma pausa que faz Scar parar. Ela pisca, tentando forçar o cérebro a funcionar.

Qual será o plano dele?

Quanto tempo aquelas duas portas de madeira, velhas e finas, poderiam segurar CINCO brutamontes armados?

Sebastian dá uma longa e profunda respirada. Ele se acalma e sorri para ela, e Scar sente como se o mundo ao redor tivesse parado.

— Seb.

Sebastian a empurra para dentro do closet antes de fechar as portas entre os dois. Antes que Scar pudesse entender o que acabara de acontecer, ele coloca o bastão de beisebol atravessado nas maçanetas das duas portas, até que a espessa cabeça do bastão trave as portas.

— Sebastian! — Scar grita em pânico, socando a porta com os punhos. — O que você está fazendo?!

Pressionando as mãos no batente da porta, o homem encosta a testa na fresta entre as duas portas, os olhos fechados, exausto.

— Se--!

Ele está a protegendo com o corpo.

Socos e chutes atingem o homem como gotas de chuva em uma árvore durante uma tempestade. No começo, ele tenta devolver alguns socos, mas logo não consegue fazer muito mais do que apenas cobrir a cabeça. Mas, durante essa troca maluca, Sebastian mantém uma mão na ponta do bastão, garantindo que o "trancamento" da porta continue seguro e intacto.

Scar grita em súplicas incompreensíveis, mas nada parece importar para os bandidos, nem mesmo o nome Jack Fuller. Scar chora tão desesperadamente que sua voz fica rouca, até que congela de choque ao ver um chute brutal acertar a mão de Sebastian, que segurava o bastão.

— Parem! — Scar explode em um grito frenético. — Eu vou matar vocês! Eu vou matar todos vocês!

O motorista ri dela:

— Matar a gente? A morte é a pior ameaça que você pode fazer, garotinha? É isso que você mais teme? Há coisas muito piores das quais você deveria temer.

Scar balança a cabeça, escorregando para baixo contra a porta enquanto o desespero a toma. O mundo dela se encheu com o som de socos, chutes e o gemido abafado do homem que está mantendo aquele pequeno forte seguro para ela.

E então, vem a sirene tão esperada.