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Ela Aceitou o Divórcio, Ele Entrou em Pânico romance Capítulo 263

Depois que Scar saiu do quarto, os dois homens se encararam por um longo tempo. No fim, Silco soltou uma risada leve para quebrar o silêncio.

— Você tem coragem, garoto. — Ele puxou uma cadeira e encostou a bengala na cama, mantendo-a firme com a ponta reluzente do sapato.

— Você não é exatamente intimidante. — Retrucou Sebastian.

Silco riu, mas seus olhos estavam frios como gelo:

— Porque eu não deixei que eles te espancassem até a morte? Admito, essa ideia me passou pela cabeça. Mas acho que a velhice amolece até a alma mais endurecida.

Dessa vez, até Sebastian ergueu as sobrancelhas, surpreso. Aquele homem acabara de admitir o crime? Bem ali, na enfermaria do hospital?! Para ele, a vítima?! Sentiu-se mais desafiado do que indignado. Aquele homem achava mesmo que ele não seria capaz de alcançá-lo? O que lhe dava tanta confiança?

Os olhos de Sebastian pousaram na bengala, quase apontada em sua direção. A não ser que aquilo fosse uma arma.

— Infelizmente não. — Silco vinha observando Sebastian com atenção e uma pitada de curiosidade. — Você realmente achou que eu invadiria um quarto só para cometer um assassinato?

Sebastian bufou, frio:

— Eu adoraria ver você TENTAR.

Silco curvou os lábios num sorriso enviesado:

— Não com o Romeu por quem a minha princesa está apaixonada.

Sebastian abriu a boca, mas percebeu que não tinha resposta. Quis dizer que Scar já não sentia mais nada por ele, mas... pra quê? Gostava de ouvir aquilo, mesmo que fosse mentira.

— Não tem nenhuma pergunta pra me fazer? — Provocou Silco, com um brilho de interesse no olhar.

— Sim, uma. — Sebastian se ajeitou na cama. — Você veio aqui pra me implorar que eu não conte para Scar que foi você quem armou tudo?

Silco riu.

— Na verdade, eu já sei a resposta dessa. — Sebastian bufou novamente. — Talvez a minha pergunta seja, por que você acha que eu cederia ao seu pedido?

— Não sei. — Silco deu de ombros, com indiferença, balançando a mão como quem espanta um pensamento qualquer. — Talvez porque você ainda não gritou por ajuda, o que me faz pensar que eu ainda tenho uma chance de negociar?

— Esquece. — Sebastian se recostou na cama, aumentando a dose de morfina para ficar mais confortável. — Eu não vou deixar alguém perigoso como você perto dela. Aproveite seus últimos momentos de paz, antes que ela enxergue quem você realmente é.

— Você sabe quem eu sou?

— Eu posso descobrir.

— Você é um estraga-prazeres. — Silco deu uma risada abafada, balançando a cabeça. — Bem, já que não vai perguntar... Na verdade, estou aqui para te conhecer oficialmente. E para te dar uma chance de implorar.

— Conte uma palavra sequer à Scar sobre qualquer coisa disso. — Inclusive sobre a sua suspeita desse sequestro e então...

— E então o quê? — Rosnou Sebastian, desafiador.

— Então será o FUNERAL DELA. — Silco sorriu friamente, o olhar como punhais cravando Sebastian no lugar. — Isso significaria o seu também.

— Se você ousar machucar ela...

— Quem vai machucar ela não serei eu. Será você. — Silco falou com a expressão endurecida antes de pegar a bengala e se dirigir à porta.

— O que você quer dizer com isso?! — Sebastian gritou atrás dele. Jogou o lençol de lado e tentou sair da cama, arrancando sem querer a agulha do braço.

— É isso.

— Isso o quê?! — A voz de Sebastian transbordava fúria diante do tom provocativo do outro.

Silco abriu um sorriso largo, parando com uma das mãos no trinco:

— Essa é a sua chance de me implorar... pela verdade.

Maldito seja!

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