Ela Aceitou o Divórcio, Ele Entrou em Pânico romance Capítulo 28

POV da Scarlett

Eu me engasgo com a bebida. Ela entra no meu nariz e as lágrimas começam a sair.

— Quero dizer...

Após uma sequência de tosses fortes, finalmente volto à vida com a ajuda de vários lenços. Lilith e Aurora me olham como se eu fosse uma criminosa.

— Eu disse a vocês, tratamento sem precedentes. O médico só tinha uma teoria na cabeça quando começamos, então...

— Exatamente quantas vezes você doou?!

Aurora exige. Ela está parecendo uma mãe de novo.

— Cinco...

Eu me encolho, me sentindo culpada, embora não tivesse motivo para isso.

Cada vez foi um fracasso, exceto essa última. E mesmo antes de curá-la, ele a beijou como se tivesse certeza de que não precisaria mais de mim. Eu não consigo olhar para mim mesma e ver como patética eu fui.

— Cada vez foi dentro do limite seguro, porém.

Eu acrescento, mas elas não estão ouvindo.

Aurora perde a paciência, desabafando para Lilith sobre todos e quaisquer "crimes" que ela conhece dos Fuller. Lilith ignora meu esforço para explicar enquanto xinga junto com Aurora, querendo saber mais. Eu me divirto com a forma como elas me defendem, mas também me preocupo sobre como reverter isso mais tarde.

Porque esse não é o verdadeiro crime deles.

Eu não me importo em salvar uma vida, mesmo que a vida seja de Ava Fuller, minha agressora particular. Eu só queria que eles me amassem, mesmo que fosse só pela minha ajuda.

No final, tivemos que ligar para Damon para pegar sua irmãzinha bêbada. E pela primeira vez em nossas vidas, eu e Aurora fomos mandadas para casa em uma viatura.

Muito depois de Damon ter ido embora, ainda estou parada na esquina da rua com Aurora, tomando um banho na brisa que já não é tão quente do final do verão, porque ela está olhando na direção para onde o carro dele foi.

— Alguém está apaixonaaaada.

Eu provoco, quando preciso esfregar os braços para me aquecer:

— Quer que eu ligue para o 190 para marcar um encontro para você?

— O quê?!

Aurora sai do transe, exclamando:

— Do que você está falando?!

— Ué, o elefante na rua???

Eu a sigo enquanto ela anda rápido para desviar dos meus olhos:

— Desde quando?!

— Eu não estou interessada nele!

Aurora grita, com as pontas das orelhas vermelhas:

— Você...

Ela para de repente, e eu dou uma risada abafada enquanto sigo seu olhar, congelando onde estou.

Sebastian, encostado na parede com elegância ao lado do elevador. Ele inclina um pouco o pescoço de cisne, com os olhos profundos fixos no chão como se estivesse em um pensamento profundo. Suas mãos estão nos bolsos da calça, e ele tem uma perna ligeiramente dobrada, com a ponta dos sapatos brilhantes apontando para o chão.

Maldito pavão. Ele tem que estar impecável até em um saguão de elevador vazio à meia-noite.

Sebastian se endireita, movendo os ombros um pouco, como se estivessem rígidos por permanecerem na mesma posição por muito tempo. Ele vem até nós, para a uma certa distância e espera.

Ok, então ele quer conversar. Eu já entendo a linguagem corporal dele fluentemente. Cinco anos é tempo o suficiente para dominar qualquer especialidade, nesse caso, a linguagem corporal de um bilionário frio.

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