Ela Aceitou o Divórcio, Ele Entrou em Pânico romance Capítulo 311

— Mãe, como está? — Ava não teve escolha a não ser atender a ligação de Anna Fuller no meio de sua confrontação.

— Você está com alguém? — Anna Fuller perguntou, em vez de responder diretamente.

Sebastian não deveria ser capaz de ouvir sua voz ao telefone, mas seus lábios se curvaram de forma zombeteira, como se pudesse ouvi-la. Ava cobriu o telefone com a palma da mão de maneira distraída, visivelmente nervosa.

— Sim, estou sozinha.

— Sério? — Anna Fuller insistiu. — Eu vi você saindo com Sebastian mais cedo. Não deixe ele—

— Eu sei! — Ava interrompeu impacientemente, franzindo a testa. — Eu já te disse, estou sozinha!

Sebastian sorriu em silêncio, esperando.

— ...Tudo bem. — Anna Fuller hesitou por um momento, mas parecia não querer continuar a discussão. — Scar está no quarto de hóspedes no final do corredor, no segundo andar. Ela está lá com o arquivo, mas não pode ser vista com as minhas pessoas por lá. Tem certeza de que pode confiar nessa sua amiga?

— Relaxa, eu controlo a Olivia. — Ava respondeu. — Ela não vai ousar fazer nada errado.

— Mas se a polícia se envolver...

— O marido dela tem uns amigos que sempre quiseram dar um jeito naquela vagabunda. — Ava disse, lançando um olhar desafiador para Sebastian, como se esperasse que ele corresse para ser o herói ou algo assim. — Vai ser só alguns filhos de ricos se divertindo numa festa. Nada vai dar errado.

— Ok. — A voz de Anna Fuller se acalmou um pouco. — Eu vou levar a Senhora Green até o quarto em dez minutos então...

— Eu preciso de mais tempo. — Ava interrompeu. — Se a Scar for encontrada com esse tipo de droga no corpo...

— Não! — Anna Fuller exclamou, sua voz tão alta que até Sebastian levantou as sobrancelhas. — Sem vestígios que nos conectem! Entendeu?!

— Não será minha. — Ava minimizou a preocupação de Anna Fuller com um gesto, mantendo os olhos fixos no homem à sua frente. — Olivia lida com esse tipo de coisa. Desta vez, quero destruir ela de vez. Adotada, uma falsa debutante que jogou sujo com três rapazes ricos. Que tal esse título na capa? Quem vai ficar do lado dela quando desenterrarmos o histórico dela com a prisão ao longo desses anos?

Ava percebeu que o homem à sua frente não demonstrou nem uma leve careta enquanto ela descrevia sua conspiração contra Scar de forma tão explícita.

Ela ainda não consegue acreditar que a melhor pessoa que já conheceu se deixaria cair assim, para esse lado sombrio dela que nunca ousou deixar ele saber. Planejar contra outra garota com drogas e escândalos sexuais.

— Um microfone, talvez? — Ava colocou a mão sobre o corpo dele. Ele não se esquivou.

Devagar, ela foi descendo as mãos pelo peito dele até chegar no estômago musculoso, e então foi ainda mais abaixo.

Era a situação mais íntima que já haviam vivido. Ava odiava como ele estava calmo naquele momento. Odiava como seu coração batia pesado por ele também. Durante todos esses anos, ela se escondeu sob a máscara de uma angelical perfeita para ele. Agindo como se fosse inocente, como se não soubesse que estava cruzando a linha. O máximo que ousou fazer foi se colar no braço dele, como uma garotinha mimada junto ao irmão mais velho. O máximo, um abraço, como amigos.

Ele deixou claro que não tinha intenção de cruzar aquela linha. Mesmo aquele beijo no hospital, ela o roubou dele. E sabia que não significava nada para ele. Ele permitiu apenas porque estava preocupado com a cirurgia.

O corpo dele não estava reagindo a ela. Não da maneira que ela queria.

Ela o tocava como a v*dia mais suja que conhecia, mas ele agia como se estivesse passando por uma revista policial.

— Não está aproveitando isso... nem que seja um pouquinho? — Ava esticou os dedos até o limite, no tremor de excitação e sedução, envolvendo-os lentamente na parte entre as pernas dele. Seu corpo pressionado contra o peito firme dele, sua respiração perto da orelha dele.

Ela já estava se aquecendo.