Ela Aceitou o Divórcio, Ele Entrou em Pânico romance Capítulo 35

Ponto de Vista de Scarlett

— Sr. Dunn, peço desculpas! — Virei-me para Adrian Dunn, com o coração na garganta e a cabeça tonta devido às palavras provocativas de Sebastian.

Será que eles sempre falam assim? Porque isso parece mais fácil de acreditar do que imaginar que Sebastian tenha sido tão agressivo por minha causa.

— Por que você está pedindo desculpas por ele? — Adrian sorri, sem seguir as regras de forma alguma.

— Caso tenha esquecido, ela é minha esposa! — Sebastian responde tão rápido, como se estivesse esperando uma oportunidade para declarar isso.

— Eu não sou! — Retruco, antes de respirar fundo e voltar-me para Adrian Dunn. — De qualquer forma, me desculpe pelo papel que tive nisso, se é que tive algum...

— Não há necessidade de se desculpar. — O sorriso de Adrian retorna ao seu rosto. Seus olhos se voltam para Sebastian, mas ele continua a falar comigo: — Eu não os considero mais um casal, então, não há motivo para te responsabilizar por nada do que ele faça.

Sebastian parece querer enterrar Adrian Dunn vivo.

Com um esforço que parece ser tremendo, ele desvia seu olhar fulminante de Adrian Dunn para mim:

— Podemos conversar?

Eu mal esperava ouvir isso dele quando estávamos casados, e agora, desde que passei a querer que ele saísse da minha vida, parece que essa se tornou sua nova forma favorita de começar.

A amarga ironia.

— Sobre o quê? — Cruzei os braços com impaciência. Mas eu já sabia o "quê". Ele quer algo, e por isso havia colocado os papéis de divórcio, pelos quais eu tanto esperava, em espera. Seja o que for, dessa vez não vou ceder. Se ele ainda quer se casar com Ava, ele vai acabar cedendo, mais cedo ou mais tarde.

— Scarlett! — Sebastian responde com a voz carregada de dureza, como se minha pergunta fosse um desafio.

Adrian ri. Mas, em vez de um olhar fulminante, Sebastian me olha surpreso.

— O quê? — Franzo a testa.

— Você costumava... — Ele não termina a frase. Costumava...? Me defender? Sim, eu não permitiria que ninguém o ofendesse, por nada, sem razão. Mesmo que ele fosse o culpado, eu tomaria seu partido.

Mas isso era antes.

Sebastian me encara, como se quisesse perfurar minha cabeça com o olhar. Mas, de repente, ele solta a respiração que estava prendendo e suaviza o tom:

— Podemos, por favor, conversar? É sobre a vovó.

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