Leandro voltou para casa depois do trabalho, mas não viu sinal de Marília. Tudo o que encontrou foi um copo térmico rosa sobre a mesa de jantar, idêntico ao que ele segurava, com o mesmo desenho animado.
Havia um bilhete colado no copo térmico:
[Desculpa, a tia me ligou pedindo para eu voltar e jantar com ela. Preparei algo para você e deixei no copo térmico. Coma um pouco para não ficar com fome. Amanhã voltarei e farei um banquete para você.]
Ao lado, um rostinho sorridente rabiscado apressadamente.
Leandro não conseguiu conter um leve sorriso ao ver o desenho desajeitado. No entanto, ao notar a palavra "tia", sua testa se franziu instintivamente.
...
Marília voltou mais uma vez para a família Pereira.
O tio não estava em casa, apenas a tia.
Madalena, sabendo que Marília viria, pediu à cozinha que preparasse os pratos de que ela gostava. As duas estavam jantando animadamente quando, de repente, a voz de Tainá ecoou do lado de fora:
— Sr. Anselmo, por que o senhor voltou?
Ao ouvir isso, Madalena franziu as sobrancelhas, demonstrando abertamente sua insatisfação.
— Eu não disse para ele não voltar hoje? Por que veio atrapalhar minha paz...?
O olhar dela ficou ainda mais sombrio ao ver que o filho não estava sozinho; ele havia trazido uma mulher com ele.
Ao reconhecer Esperança, o rosto de Madalena se fechou completamente.
Anselmo, como se não percebesse a expressão da mãe, envolveu a mulher ao seu lado e se aproximou:
— Mãe, trouxe minha namorada para conhecer você!
Esperança imediatamente estendeu os presentes que havia preparado, tentando agradá-la.
— Anselmo, vou embora primeiro. Peça desculpas para a sua mãe, não quero que brigue com ela por minha causa. Seja qual for sua escolha, eu não te culparei. — Dizendo isso, ela colocou os presentes sobre a cadeira e saiu apressada.
Anselmo segurou seu braço imediatamente, impedindo ela de partir.
— Esta é minha casa! Sou seu filho legítimo! — Ele olhou para a mãe, descontente, e então seus olhos pousaram sobre Marília, observando os pratos favoritos dela sobre a mesa. — Por que ela, uma estranha, pode se sentar à mesa da família Pereira e eu, seu próprio filho, sou expulso?
Marília empalideceu ao ouvir a palavra "estranha".
Madalena tremia de raiva. Se levantou e deu um tapa forte no rosto do filho.
— Como você pode dizer uma barbaridade dessas?!
Anselmo não se esquivou. Apenas olhou para a mãe com frieza e zombou:
— Eu menti em algum momento? Ela é apenas uma coitada que foi acolhida pela nossa família. Damos comida, abrigo e tudo o que ela precisa, mas isso não é o suficiente. Agora, ainda quer se meter entre nós dois! Uma ingrata...

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ela é o Oceano, Eu Sou o Náufrago
Tantos dias sem atualizações, como q da sequência em livros assim ? Cê tá Loko ....