No meio da noite, Leandro levantou o pulso e olhou as horas no relógio. Pegou o celular, pronto para fazer uma ligação.
Nesse momento, o elevador se abriu do outro lado do corredor, e vozes alegres e risadas chegaram até ele.
— Eu adoro bife! Principalmente o da minha cidade. Tem um restaurante lá que faz um bife maravilhoso. E ainda tem um molho de pimenta especial... É bom demais! Eu consigo comer três pratos de macarrão!
— Três pratos? Você mal deu conta de meia porção agora há pouco. Nem comeu mais do que eu!
— Antes era diferente, não é? Agora tenho uma imagem a manter. A empresa exige que eu coma pouco. Você também é mulher... Sua agência não exige que você faça dieta?
— Claro que exige. Se não fosse isso, eu teria comido tudo e ainda trazido mais para casa. Invejo a Mimi. Ela come o que quiser. Ser atriz parece glamouroso por fora, mas só a gente sabe o que passa por trás. O pior é que, com tanto esforço, até agora não tive o retorno que esperava. É frustrante demais!
— Mimi, depois que terminarmos essa gravação, quero te convidar para visitar minha cidade. Eu pago tudo. Lá, vou preparar aquele bife que você ama. Vai comer até se fartar!
— Ué, você vai convidar só a Mimi e deixar a gente de fora?
Marília parou de repente e franziu as sobrancelhas ao ver o homem de terno impecável parado em frente ao quarto dela. O sorriso em seu rosto sumiu completamente.
Juliana percebeu a mudança na expressão dela e também parou. Seguiu o olhar de Marília e viu o homem alto e bonito que as observava fixamente.
O hotel onde estavam hospedadas não era o mais luxuoso, mas também não era acessível a qualquer um. Pela roupa elegante dele e a postura, dava para perceber que não era uma pessoa comum. E, pelo jeito como olhava para Marília, era evidente que se conheciam.
— Mimi... já está tarde. A gente vai indo para o quarto, está certo? Até amanhã de manhã!
Marília assentiu levemente e pegou seus pertences das mãos de Ricardo. Os principais atores e membros da equipe estavam hospedados naquele andar. O quarto de Juliana ficava ao lado do de Marília. Com o som das portas se fechando, o corredor ficou silencioso; restaram apenas os dois ali.
Marília pegou o cartão do quarto e se aproximou da porta.
Leandro tirou as coisas das mãos dela.
Quando o cartão destravou a porta, ele entrou junto com ela e fechou a porta atrás de si.
Marília inseriu o cartão na entrada para ativar a eletricidade, tirou os sapatos e pegou uma garrafa de água mineral. Depois de um gole, virou-se e disse:


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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ela é o Oceano, Eu Sou o Náufrago
Tantos dias sem atualizações, como q da sequência em livros assim ? Cê tá Loko ....