Ela Foge, Ele Persegue—Sem Fuga! romance Capítulo 1006

"É mesmo?" Osmar olhava para ela com um ceticismo evidente, seus olhos fixos nela como se estivesse esperando que ela se abrisse com ele a qualquer momento.

A paisagem noturna lá fora passava em um borrão, com pequenos pontos de luz invadindo o interior do veículo, iluminando o homem.

Ornella Passos levantou a cabeça e viu, metade do rosto dele estava escondida na escuridão, parecendo um tanto sedutor, mas ao olhar de perto, era cativante.

Era de fato irresistível!

Tudo o que Ornella Passos conseguia pensar era: Beije-o! Apenas um beijo! Veja o que acontece!

Ela estava juntando coragem.

Ela havia prometido a Lore que tentaria.

E se desse certo?

Ela se inclinou lentamente em direção ao belo rosto dele, sem perceber qualquer sinal de recusa por parte de Osmar, o que a deixou extremamente feliz.

A esperança estava bem diante de seus olhos!

Foi então que, de repente, Regis à frente disse: "Chefe, Sra. Passos, chegamos."

Essa interrupção, nem cedo nem tarde demais, esvaziou a coragem que Ornella Passos havia reunido.

Ela virou-se para abrir a porta do carro, emanando uma aura de tristeza.

Osmar observava-a, intrigado.

Essa garota estava definitivamente agindo de forma estranha.

Foi então que seu celular tocou.

Era uma ligação vinda de Evania, na Cidade Florescer.

Osmar atendeu, mas não dava para saber o que era dito do outro lado.

Um pouco depois, Ornella Passos ainda não o viu mostrando intenção de sair juntos.

Vendo-a parada esperando por ele, Osmar apenas acenou, dizendo: "Ornella, pode subir. Tenho um assunto para resolver e precisarei sair."

Ornella Passos, surpresa, não pôde deixar de perguntar: "O que aconteceu?"

Osmar balançou a cabeça, indicando que não queria falar sobre isso, apenas disse: "Não é nada importante. Eu volto logo, vá para casa."

Depois de dizer isso, ele bagunçou o cabelo dela carinhosamente e rapidamente voltou para o carro.

Embora Ornella Passos estivesse confusa, ela não pensou muito sobre isso e subiu.

Assim que Osmar entrou no carro, dirigiu diretamente para um quarto de hospital.

A paciente era, naturalmente, Lourdes.

Durante o trajeto, o rosto de Osmar estava coberto por uma camada de frieza.

Pois, havia acabado de ser informado por Evania ao telefone.

Para evitar que Lourdes afetasse Osmar e Ornella Passos, Umberto ordenou diretamente que a tia de Osmar levasse a pessoa embora, caso contrário, a Família Nobre cortaria todos os laços com eles.

No fundo, Lourdes pensava que, estando naquela situação, qualquer homem teria um pingo de compaixão, certo?

Ela estendeu a mão cautelosamente, segurando a barra da camisa de Osmar, com uma voz trêmula: "Osmar, você não pode me deixar ficar? Eu realmente gosto de você, desde muito tempo atrás.

Mas, por causa da nossa relação, eu tive que me afastar, longe de você.

Ao longo dos anos, evitei voltar ao Brasil, pensando que assim poderia te esquecer.

Mas então percebi que simplesmente não consigo... Então..."

Seus olhos, cheios de esperança, fixaram-se em Osmar, perguntando cuidadosamente: "Você não poderia me dar uma chance? Eu prometo, entre nós, seria perfeito, pode ser?"

Seu olhar suplicante fixou-se em Osmar, cheio de súplica...

Ela pensou, tendo chegado a este ponto por ele, até mesmo disposta a morrer por ele, como ele poderia permanecer inabalável?

Mas ela claramente não conhecia Osmar o suficiente.

Ele jamais seria facilmente manipulado por ameaças.

Especialmente com Lourdes usando sua própria vida para pressioná-lo a ceder aos seus sentimentos.

Osmar afastou sua mão friamente, com uma voz que parecia ter sido banhada em gelo, "Lourdes, eu vim aqui hoje apenas porque não quero que ninguém use minha pessoa como desculpa para procurar a morte...

Não quero carregar o peso de uma vida nas minhas costas sem motivo.

Além disso, nunca poderei gostar de você, porque já tem alguém que eu amo!"