Ela Foge, Ele Persegue—Sem Fuga! romance Capítulo 1183

Hilda não queria atender, mas acabou não tendo escolha.

Assim que atendeu, percebeu pelo tom de voz do outro lado que vinha bronca grossa. A voz já chegou questionando: “Por que você não me mandou dinheiro esse mês?!”

Já de humor baixo, Hilda se sentiu especialmente exausta ao ouvir as palavras de sua mãe.

Ela massageou a testa e respondeu: “Estou sem dinheiro agora.”

Imediatamente, sua mãe se irritou, “Você está mentindo! Você conseguiu um emprego no Grupo Passos, um lugar tão bom, como pode estar sem dinheiro?

Eu ouvi dizer que lá o salário é muito alto, vários milhares por mês. Será que você não quer mandar...”

O aperto na mão de Hilda se intensificou.

Por que essa pessoa sempre tinha que ser tão agressiva?

Entre dentes, ela disse: “Mês passado eu estava ocupada mandando currículos, não trabalhei em nenhum bico! Realmente comecei a trabalhar no Grupo Passos, mas acabei de entrar e o salário ainda não foi depositado.

Além disso, tenho que pagar aluguel aqui na Cidade Azul, tenho despesas para cobrir...”

“Chega!”

Antes que pudesse terminar, sua mãe a interrompeu impacientemente, dizendo: “Não quero saber de detalhes. Desde o início ficou combinado assim, Hilda, não esqueça quem foi o culpado pela morte do seu pai!

Se não fosse por você, eu e seu irmão não estaríamos passando por essas dificuldades. Nossa situação é culpa sua, você tem que pagar por isso!!!”

Dito isso, do outro lado não quiseram ouvir mais nada de Hilda e desligaram o telefone sem mais delongas.

Olhando para o celular que agora só emitia o tom de linha ocupada, Hilda sentiu-se ainda mais esgotada.

Ela deixou o telefone de lado e se deixou cair no sofá.

De fato, seu pai tinha morrido por causa dela.

Isso aconteceu quando ela estava no ensino fundamental.

Naquele ano, era seu aniversário, e seu pai estava indo comprar um bolo de aniversário para comemorar quando sofreu um acidente de carro no caminho. Levado ao hospital, não resistiu.

Hilda não tinha escolha a não ser enviar o dinheiro.

Desde que começou a trabalhar, várias vezes não enviou o dinheiro a tempo, e sua família ia cobrá-la pessoalmente.

Cada vez era uma perturbação, e o dinheiro sempre acabava indo.

Essas visitas também afetavam seu círculo social e sua vida, e, com o tempo, Hilda se acostumou a sempre mandar o dinheiro para casa.

Relembrando suas dificuldades ao longo dos anos, Hilda sentiu um aperto no coração.

Ela queria chorar, mas se forçava a engolir o choro, reprimindo a tristeza.

Pegou o celular, hesitou por um momento, mas no fim transferiu quinhentos reais para eles, deixando quinhentos para si.

Esse dinheiro certamente não seria suficiente até o próximo pagamento.

Mas Hilda já tinha passado por situações parecidas antes.