Ela Foge, Ele Persegue—Sem Fuga! romance Capítulo 19

Lorena viu as lágrimas, seu coração parecia estar sendo puxado por algo.

Esse garotinho... Como ele pode começar a chorar assim, de repente?

Ela simplesmente não conseguia ver crianças chorando. Toda vez que Sofi, sua filha, chorava em casa, seu coração se enternecia. E agora, diante desse pequeno, acontecia a mesma coisa.

Com um sentimento de impotência no fundo do coração, Lorena só conseguiu dizer ao menino: "A tia realmente tem muito trabalho, que tal assim... Vou lhe dar meus dados de contato e, sempre que quiser, pode vir falar comigo, ok?"

"Sério?"

Os olhos de Ole ainda estavam vermelhos, mas ele parou de chorar e seus olhos se iluminaram de surpresa.

Lorena, vendo aquele olhar, quase idêntico ao de sua amada filha, não pôde recusar.

Ela acenou com a cabeça e disse: "Claro que é verdade, eu não mentiria para você".

"Bom!"

O pequeno de repente ficou feliz novamente, recuperando sua energia.

Lorena, vendo-o assim, não pôde evitar rir.

Após o almoço, ela passou seu contato para o menino.

"Este é meu número de telefone, você também pode me adicionar no WhatsApp. Quando voltar para casa, você tem que se comportar, não pode mais fugir de casa, é perigoso lá fora, entendeu?"

"Uhuh, entendi!"

O menino assentiu obedientemente com a cabeça.

Então Lorena instruiu o motorista: "Remo, você pode levar o menino de volta para casa".

"Claro, senhorita."

Depois de ver o menino entrar no carro e ir embora, Lorena finalmente pegou um táxi para o instituto de pesquisa.

Rubens e Kalil chegaram um pouco antes dela.

Enquanto esperavam, não pararam de procurar por Ole.

Por volta das duas da tarde, o mordomo ligou, muito emocionado, informou a Rubens: "Senhor, o jovem senhor voltou para casa!"

Ao ouvir isso, Rubens perguntou preocupado: "Ele está bem? Está machucado?"

O mordomo respondeu alegremente: "Não, não, não se preocupe, ele está bem, não aconteceu nada."

Isso é bom!

Rubens finalmente relaxou e, com um tom mais calmo, disse: "Entendido, conversaremos mais quando eu voltar, por enquanto, fique de olho nele para que ele não fuja novamente".

"Sim, senhor, desta vez vamos garantir a segurança do jovem cavalheiro."

O mordomo aceitou a ordem imediatamente.

Depois de desligar o telefone, Rubens finalmente teve ânimo para perguntar a Kalil: "O médico milagroso chegou?"

Kalil olhou o relógio e disse: "Deve estar chegando, não se preocupe, se ele chegar, nossas pessoas o trarão imediatamente."

"Hum."

Rubens assentiu levemente com a cabeça...

Naquele momento, Lorena acabava de chegar ao instituto.

Ao sair do carro, ela inconscientemente observou a instituição.

Era maior do que ela havia imaginado e não deixava nada a desejar em relação aos institutos de pesquisa profissional de sua empresa.

Além disso, havia seguranças na entrada, e a segurança era muito rigorosa.

Lorena de repente se lembrou do encontro com Ole no hospital ontem e do caso que o diretor havia confiado a ela...

Então o paciente que ela estava tratando era Rubens...?

Como que para confirmar seus pensamentos, Lorena logo viu o homem dentro da sala médica...

Ele estava sentado no sofá, com uma postura ereta, um rosto delicado e um par de óculos de aro dourado apoiado em seu nariz proeminente. A corrente dos óculos, também dourada, pendia perto de suas orelhas, complementando a camisa branca e a calça preta que vestia, exalando um ar distinto e nobre.

Quem mais poderia ser, senão Rubens?

Num piscar de olhos, Lorena sentiu um formigamento no couro cabeludo, seu primeiro instinto foi virar-se e sair correndo!

Ela realmente não esperava que, por um momento de descuido, tivesse se esquecido de perguntar ao diretor sobre a identidade do paciente.

Isso nunca havia acontecido antes, mas ontem, no hospital, ela estava tão concentrada em evitar Rubens que se descuidou desse detalhe...

Naquele momento, Lorena estava cheia de arrependimentos.

Ela queria ainda mais sair dali antes que Kalil a visse.

Embora estivesse usando uma máscara, com os cabelos presos e vestida de forma mais conservadora, aparentando ter entre trinta e quarenta anos, ela não poderia garantir que Rubens não a reconheceria...

No entanto, Lorena não conseguiu o que queria.

Ela mal teve tempo de se virar, quando foi chamada por Kalil.

"Você é a Dra. Andy?"

Kalil aproximou-se, visivelmente excitado, bloqueando a única saída de Lorena.

Ele se apresentou entusiasmado: "Olá, eu sou o senhor que entrou em contato com você, meu nome é Kalil. Muito obrigado a Dra. Andy por vir pessoalmente. Nosso senhor está esperando há muito tempo, por favor, doutor milagroso, eu lhe peço que seja paciente..."

Dizendo isso, ele estava prestes a levar Lorena para dentro.