Ela Foge, Ele Persegue—Sem Fuga! romance Capítulo 218

Mesmo ouvindo, não havia desejo de comunicar-se, seu olhar era vazio, como se tivesse perdido a alma.

Rubens sentiu que algo estava muito errado e imediatamente levou o pequeno ao hospital, em busca de um psicólogo.

Após examinar Ole, e com as informações fornecidas por Rubens, o psicólogo chegou a uma conclusão.

"O pequeno está demonstrando uma tendência ao autismo atípico, provavelmente devido a uma incapacidade de aceitar a separação iminente, que tem causado tristeza e sofrimento. Ele precisa de orientação psicológica adequada..."

As palavras da psicóloga soaram como um trovão nos ouvidos de Rubens.

Ele não esperava que a situação fosse tão grave e, além disso, era inacreditável.

Como Ole, que mal conhecia Lorena, poderia ser tão afetado emocionalmente por ela?

A psicóloga explicou a Rubens: "As crianças têm um profundo desejo de receber amor, por isso criam muitas expectativas. Além disso, são emocionalmente sensíveis e frágeis devido à sua pouca idade, o que faz com que sua capacidade de lidar com as situações seja diferente da dos adultos."

Rubens ficou em silêncio após ouvir isso.

Ao mesmo tempo, ele se arrependeu de ter limitado as ações de Ole...

Mesmo querendo separá-lo de Lorena, deveria ter feito isso gradualmente.

Mas agora o arrependimento não adiantava mais, ele só podia permitir que o psicólogo tratasse Ole.

No entanto, após o tratamento, o psicólogo descobriu que o pequeno tinha uma fixação muito forte por 'amor maternal', tornando a terapia um grande desafio.

Sem outra opção, o psicólogo teve que dizer a Rubens que "A situação do pequeno é um pouco mais séria do que eu imaginava. Os tratamentos convencionais não estão sendo eficazes. Aconselho que encontremos a raiz do problema, ou seja, a pessoa que ele tanto se importa..."

Rubens apertou levemente sua mão, seu olhar se tornou sombrio.

A pessoa com quem Ole se importa...

Seria Lorena?

Ele não pôde deixar de se lembrar do cheque que ela lhe dera e das palavras que ela dissera.

Rubens permaneceu em silêncio.

Leandro também estava preocupado com seu amado sobrinho e perguntou ansioso: "Irmão, o médico disse o que causou isso?"

Com a sobrancelha franzida e lembrando-se da sugestão do psicólogo, a expressão de Rubens se tornou sombria, mas ele permaneceu em silêncio.

Vendo-o assim, Urania ficou ainda mais ansiosa, dizendo "Meu filho, até quando você vai ficar calado? Falar mais um pouco vai te fazer perder um pedaço?"

Leandro conhecia bem seu irmão.

Se ele estava calado, certamente havia um motivo.

Ele se lembrou rapidamente da situação estranha de Rubens na sexta-feira.

Ole também havia começado a ficar irritado naquela ocasião.

Em um momento de iluminação, ele perguntou sem pensar: "Será que... isso tem a ver com a minha ex-cunhada?"