Ela Foge, Ele Persegue—Sem Fuga! romance Capítulo 38

Num piscar de olhos, mais de dez minutos se passaram.

Finalmente, Lorena terminou de aplicar as agulhas de acupuntura.

Ole, que até então afirmava não ter medo, agora exibia um semblante visivelmente apreensivo ao ver a cena.

Mesmo assim, ele não fugiu e ainda cuidava de seu pai com muito carinho.

"Pai, como está se sentindo?"

Ver tantas agulhas espetadas no corpo de seu pai parecia muito doloroso!

Rubens tentou manter sua respiração o mais calma possível enquanto respondia: "Estou bem..."

Só ele sabia que, naquele momento, seu corpo não estava nada confortável.

Ele era resistente, mas a sensação de tantas agulhas penetrando em pontos específicos de seu corpo era diferente de qualquer ferimento que ele já havia sofrido antes, uma dor que parecia emanar dos próprios nervos.

Ele sentia como se os nervos afetados pelas agulhas estivessem sendo intensamente puxados.

Embora mantivesse uma expressão controlada, gotas de suor começaram a se formar em sua testa!

Lorena notou e estava ciente de que o processo seria doloroso...

O veneno havia permanecido em seu corpo por um tempo considerável e, sem dúvida, havia afetado sua saúde, portanto, era normal que o tratamento fosse doloroso...

Ela não ficaria surpresa se ele parasse de tomar o medicamento mais tarde.

A maneira como Rubens lidaria com isso pouco lhe importava, mas ela sabia que Ole ficaria triste ao ver isso.

Com isso em mente, Lorena decidiu falar com Kalil: "Vou preparar um remédio agora. Leve o menino para fora, por favor, e não me incomode. Volte em vinte minutos para retirar as agulhas. Tenho algumas instruções para você".

Kalil, impressionado com a habilidade dela em aplicar as agulhas, não teve dúvidas sobre sua competência médica e concordou rapidamente: "Claro, vamos embora agora!"

Dito isso, ele imediatamente levou Ole para fora...

Rubens, sentindo o gesto, ficou paralisado por um momento, mas logo reagiu, agradecendo com um simples: "Obrigado..."

Lorena riu discretamente: "É raro você agradecer alguém! Mas não se engane, eu só fiz isso para não atrapalhar o tratamento."

Rubens percebeu o tom irônico em suas palavras e achou isso bastante peculiar.

Essa mulher, desde o primeiro encontro, não demonstrou nenhum medo dele, sempre pronta para retrucar e ironizar, desafiando-o abertamente!

Parecia que as pessoas com habilidades realmente tinham sua própria arrogância...

No entanto, o que o surpreendeu foi que ele não sentia aversão a ela!

Rubens respondeu calmamente: "Você está me tratando, então é natural que eu agradeça. Quanto a mal-entendidos... isso está fora de questão. É normal um médico cuidar de seu paciente."

Ao vê-lo tão sério, Lorena perdeu o interesse em continuar a provocá-lo.

Ela voltou a se concentrar no que estava fazendo, pegou um pequeno frasco de pomada e começou a aplicá-la nas áreas onde as agulhas haviam sido inseridas.