Ela Foge, Ele Persegue—Sem Fuga! romance Capítulo 919

Ornella Passos sempre tentou dar o seu melhor.

Mas, nunca tendo beijado alguém antes, ela simplesmente não conseguia pegar o jeito.

Depois de muito esforço, ela de repente percebeu que o homem à sua frente não se movia, o que a fez se sentir bastante embaraçada.

Olhando assim, parecia até que ela estava se aproveitando da situação.

Suas orelhas ficaram vermelhas, sentindo seu rosto todo aquecido.

Sem jeito para continuar, tentou recuar.

De qualquer forma...

De qualquer forma, considerou que tinha devolvido o beijo.

Era o que ela pensava, mas, ao tentar se afastar só um pouquinho, o homem à sua frente percebeu sua intenção e a prendeu pela cintura.

Os olhos de Osmar eram profundos, e ele falou com um tom baixo: “Naquela noite, você não estava assim...”

Não estava assim?

Ornella Passos ficou confusa por um momento, sem entender o que ele queria dizer. No segundo seguinte, ela foi pressionada contra ele, envolvida pelo aroma de Osmar.

Ela não teve chance de falar, pois o beijo do homem selou seus lábios de forma dominante e assertiva.

O beijo repentino, como uma tempestade, pegou Ornella Passos de surpresa. Ela se sentia como um fantoche imóvel, simplesmente deixando-se ser manipulada, atônita enquanto ele explorava sua boca, sentindo o calor entrelaçar-se com a ponta de sua língua...

Ornella Passos estava com a mente em branco, fechou os olhos instintivamente, seu corpo quase se rendendo, colado ao dele.

O beijo não terminou facilmente.

Várias vezes, seus lábios e línguas se entrelaçavam, o ar em seus pulmões parecendo ser sugado, ela sem forças para resistir, e uma voz em sua mente a impedindo de fazê-lo, até que ela foi completamente invadida pela presença do homem...

Quando o beijo finalmente terminou, o carro já havia parado.

Ornella Passos despertou subitamente desse sonho que fazia seu coração disparar.

Ela voltou ao seu lugar, respirando ofegante, com o rosto e as orelhas vermelhas, e seus olhos, ainda atordoados, brilhavam úmidos.

Osmar, ao vê-la assim, sentiu uma inquietação.

Teve que admitir que ele também não era nenhum santo.