Encontros do Destino Após Longo Adeus romance Capítulo 101

No dia seguinte pela manhã, após o café da manhã no hotel, todos se apressaram para chegar à beira do lago, pois a atividade da manhã era pescar de barco, e os peixes capturados seriam o almoço do meio-dia.

"A locação de cada barco é R$1200, vamos nos esforçar na pesca para tentar recuperar o investimento!" - Durante a formação das equipes, Nadia incentivava cada grupo.

Eles não eram muitos, três barcos eram mais do que suficientes. Nadia, sendo a organizadora, sempre deixava os outros escolherem primeiro, ficando à espera de uma vaga.

Dez minutos depois, Nadia observava as duas primeiras embarcações claramente sobrecarregadas e ficava sem palavras.

Ela puxou a manga de João: "João, venha no nosso barco, com tanta gente assim não vai ser divertido."

João olhou para sua namorada, cujo rosto estava repleto de recusa, e deu de ombros sem jeito: "Não é que eu não queria ir, é que... a família não concorda."

Nadia então recorreu a Catarina: "Catarina, vamos no mesmo barco, olha quanta gente tem nesse, não é seguro. Se algo acontecer, vai ser ruim."

"Ah, eu, bem..." - Catarina Melo olhou para trás, onde estavam dois rapazes altos e bonitos, com um olhar de pesar: "É uma pena que eu seja casada, senão com certeza eu te acompanharia."

Assim, Nadia viu eles partirem de barco, deixando-a para trás.

...Esses ingratos, eles não queriam estar no mesmo barco que a líder, mas será que ela queria?!

Nadia, com lágrimas nos olhos, virou-se e viu que as entidades do além já haviam subido no barco e começado a conversar; ela teve que correr para embarcar, sentando-se na parte de trás do barco.

"Olavo, você ainda se lembra de quando participamos de uma atividade parecida na universidade?"

Benício, encostado no corrimão, sorriu brilhantemente para Olavo, relembrando o passado.

"Lembro sim, pegamos muitas carpas asiáticas, uma pena que as carpas dos Estados Unidos não são comestíveis. Pegávamos muitas, mas tínhamos que devolvê-las."

"Hahaha, sim, aquelas carpas eram realmente gordas."

Benício, com um brilho nos olhos, deu uma cotovelada em Olavo: "Eu me lembro de você ter trazido uma garota, ela também era de Porto Celeste, será que ela voltou para o Brasil?"

Olavo levantou uma sobrancelha para ele, depois olhou para Nadia na parte de trás do barco, que também olhava na direção deles.

Parece que até as pessoas honestas aprendem a ser astutas.

Olavo sorriu levemente: "Ela voltou, recentemente. Coincidentemente, é uma amiga de infância minha. Se tiver interesse, posso apresentá-la a você."

"Oh, não precisa, só me veio à mente agora. Naquela época, vocês pareciam um casal perfeito, pensei que estivessem juntos."

Nadia sentia como se seu coração sangrasse, mas então Olavo lhe deu um leve tapa na cabeça.

"Ficar calculando o preço de tudo só vai te fazer infeliz."

Nadia revirou os olhos: "Você, um CEO de uma grande empresa, o que você sabe! Você tem ideia de como é difícil para as pessoas comuns lidar com as despesas do dia a dia!"

Ao seguir os dois e testemunhar seus gestos íntimos e naturais, Benício mostrou uma expressão indecifrável. Enquanto esperavam que o peixe e os camarões fossem preparados na cozinha, ele convidou Nadia para dar uma volta.

"A vida na ilha é realmente maravilhosa, acordar e ver o céu azul, as nuvens brancas e as praias de areia. Se eu pudesse morar aqui, nem consigo imaginar o quão alegre eu seria!" - Nadia gritou, abrindo os braços, em um gesto de pura liberdade.

Era a primeira vez que Benício a via dessa maneira, e ele se deixou levar, gritando junto. Nadia parou por um momento, e os dois se olharam e riram ainda mais alto.

Continuaram caminhando até que não pudessem mais ver as outras pessoas.

A ilha era cheia de vegetação, e Nadia se deparava com árvores que nunca tinha visto antes, observando-as com curiosidade.

Até pegou seu celular para tirar uma foto e procurar o nome científico da árvore, quando de repente ouviu Benício dizer com convicção: "Você e Olavo devem ter uma relação que vai além de simples colegas de classe."