Encontros do Destino Após Longo Adeus romance Capítulo 174

Eles saíram da mansão sob uma noite ainda mais escura, mas rara vez o céu se encontrava repleto de estrelas.

De fato, a área dos ricos era diferente, até mesmo o céu não era como o dos comuns.

As estrelas e as luzes ao longo das ruas iluminavam todo o bairro das mansões, e Nadia caminhava lentamente pela calçada, lançando olhares ocasionais às árvores ao lado da estrada.

As árvores aqui eram imensas, largas o suficiente para serem abraçadas por várias pessoas, mas suas folhas eram estreitas e espessas, uma espécie que Nadia nunca havia visto antes.

"Essa é a madeira de jacarandá, trazida especialmente de outras províncias." - Olavo, percebendo seu interesse pelas árvores, começou a explicar.

Nadia parou, virando-se para ele: "É aquela madeira de jacarandá muito cara?"

Após receber uma resposta afirmativa, ela sorriu ironicamente: "Não é à toa que é uma área de ricos, até as árvores de paisagismo são tão preciosas."

Os olhos escuros de Olavo se aprofundaram um pouco, e seu rosto ganhou uma expressão mais séria: "Essa árvore tem uma característica especial que é a de repelir insetos. Foi principalmente por essa razão que foi plantada. Não porque é cara."

Nadia deu um leve sorriso, sem dizer mais nada.

Havia tantas árvores que repeliam insetos, mas por que escolheram a mais cara?

Eles continuaram caminhando lado a lado quando, de repente, um carro veio em sua direção. O veículo, apesar de ver os pedestres, não reduziu a velocidade para desviar. Olavo, rápido, envolveu a cintura de Nadia com o braço, puxando-a para seu abraço e protegendo-a.

Nadia ficou atordoada, demorando um momento para reagir enquanto estava deitada contra seu peito.

Quando ela se deu conta, endureceu o corpo e afastou os braços, tentando bloquear o calor que emanava do abraço dele.

"Obrigada."

Mas o homem não mostrou intenção de soltá-la.

"Olavo... solte-me..." - Nadia disse, franzindo a testa e olhando para ele.

A escuridão em seus olhos era profunda, contrariando a luz amarela fraca do poste ao lado, tornando seus contornos ainda mais definidos, suas feições mais proeminentes, irresistivelmente palpáveis.

Mais?

Nadia olhou para ele, confusa, e então balançou a cabeça: "Não há mais."

Aproveitando a oportunidade, Olavo segurou seu queixo, sua respiração fresca borrifando em seu rosto, e então abruptamente abaixou a cabeça para capturar seus lábios, num beijo que parecia tanto um castigo quanto um tesouro, beijando-a meticulosamente e com cuidado.

A cabeça de Nadia explodiu em fogos de artifício, e quando ela reagiu, sua mão já estava em movimento.

Mas ela estava tão atordoada pelo beijo que mal conseguia se mover, e assim, a força de sua palmada foi muito limitada.

"Olavo! O que você está tentando fazer?" - Nadia, com os olhos vermelhos, disse com a voz embargada.

Ela tinha vindo agradecê-lo sinceramente pela ajuda, e também queria dizer que o que aconteceu no passado deveria ficar no passado, que eles estavam quites.

Mas ele a provocou novamente.