Encontros do Destino Após Longo Adeus romance Capítulo 31

Na manhã seguinte, logo cedo, Nadia subiu até o 23º andar para deixar sua bolsa e, em seguida, pegou o elevador em direção ao último andar da Horizonte Financeiro Investimentos.

Contudo, um imprevisto ocorreu: seu cartão de acesso não funcionava para o último andar. Sem alternativa, ela pediu à recepcionista que entregasse o guarda-chuva a Olavo.

A jovem recepcionista, ao ver uma pessoa desconhecida fazendo um pedido tão pessoal como devolver um guarda-chuva, recusou educadamente: "A senhora pode entrar em contato diretamente com o Sr. Ramos. Ele estará na empresa hoje."

Nadia mordeu os lábios, hesitante em enviar uma mensagem para Olavo. A última vez que se falaram fora apenas uma saudação formal, nada mais.

Enquanto ponderava, João surgiu de dentro da sala e a cumprimentou com um sorriso educado: "Bom dia, Sra. Mendes. A senhora está procurando pelo Sr. Ramos?" - Rapidamente, Nadia ergueu o guarda-chuva que segurava: "Bom dia, João. Poderia, por favor, devolver este guarda-chuva ao Sr. Ramos? Muito obrigada."

Os olhos atentos de João passaram de Nadia para o guarda-chuva, com uma curiosidade difícil de esconder.

O chefe havia levado a Sra. Mendes para casa? Aquele chefe tão reservado e distante... Que tipo de relação eles tinham?

Nadia, percebendo a expressão curiosa de João e lembrando que ele não participara do jantar de lançamento do projeto na semana anterior, decidiu explicar: "Na semana passada, começou a chover repentinamente após o jantar de lançamento do projeto. O Sr. Ramos ofereceu-se para me levar para casa ao perceber minha situação de humildade e pena. O guarda-chuva acabou ficando comigo."

"Ah, e Sr. Ramos e eu fomos colegas de universidade. Ele continua sendo como naquela época: sempre muito atencioso e prestativo."

Suas palavras descreveram uma imagem quase nobre de Olavo.

Subitamente, João mudou sua expressão para uma de profundo respeito e, inclinando levemente a cabeça, cumprimentou alguém que Nadia ainda não podia ver: "Sr. Ramos, bom dia."

Com um sorriso forçado, Nadia virou-se e fez uma reverência educada: "Sr. Ramos, bom dia."

Fora do campo de visão deles, suas bochechas ardiam.

Será que ele havia ouvido a conversa?

Se tivesse, não seria um grande problema. Afinal, ela apenas o elogiara, sem nenhum tom de desdém.

Olavo manteve uma expressão impassível, mas as palavras "O Sr. Ramos... ao perceber minha situação de humildade e pena" ecoavam em sua mente.