Encontros do Destino Após Longo Adeus romance Capítulo 91

Felizmente, o medicamento para aliviar o inchaço no armário de medicamentos da casa ainda estava dentro do prazo de validade. Com um cuidado quase reverente, Nadia ergueu a mão de Olavo, aplicando o medicamento com precisão, como se manuseasse um tesouro precioso.

"Está doendo?" - Ela perguntou, erguendo o olhar para o rosto impecavelmente elegante do homem, enquanto seu próprio coração parecia martelar descompassado.

"Estava doendo bastante antes, mas agora está bem melhor."

Após aplicar o medicamento, Olavo não demonstrou intenção de retirar sua mão, e Nadia, por sua vez, não encontrou coragem para puxar a sua. Afinal, aquelas mãos tinham se ferido por causa dela.

Ela permaneceu ali, segurando sua mão de forma hesitante, percebendo a firmeza do toque e o leve formigamento que lhe causava.

Depois de um longo tempo, Olavo, com a mesma tranquilidade de sempre, retirou a mão, e Nadia soltou um suspiro de alívio, retomando sua atenção à preparação do jantar.

Após a refeição, Olavo perguntou: "Como vamos descansar esta noite?"

Enquanto ela se ocupava na cozinha, ele já havia se familiarizado com o compacto espaço do apartamento de um único quarto, onde havia apenas uma cama.

Nadia coçou a cabeça, demonstrando constrangimento: "Desculpe, o quarto é reservado para minha avó. Vou precisar pedir que você durma no sofá-cama."

Dito isto, ela se agachou para abrir o único sofá verde da sala, revelando que ele também era uma cama dobrável.

Olavo arqueou uma sobrancelha, curioso: "E você?"

Nadia bateu palmas como se estivesse comemorando uma solução criativa e puxou dois tapetes de ioga, posicionando-os no chão: "Eu vou dormir aqui no chão."

Olavo ficou em silêncio...

As noites na pequena cidade eram de uma tranquilidade única, e às nove da noite o condomínio já estava mergulhado na escuridão.

Virando-se na tentativa frustrada de pegar no sono, Olavo observou Nadia, que estava deitada no chão. Ele não resistiu e perguntou: "Está com frio?"

Embora o mês fosse maio e os dias estivessem agradavelmente quentes, as noites ainda guardavam um friozinho desconfortável.

"Não está frio." -respondeu Nadia, enquanto seu corpo tremia ligeiramente de frio, mas seu orgulho teimava em resistir.

Assim que terminou de falar, ela foi envolvida por um abraço caloroso, sendo levantada do chão. Instintivamente, envolveu o pescoço dele com os braços, sentindo seu rosto queimar no silêncio da noite. Apenas quando foi cuidadosamente colocada sobre o sofá-cama conseguiu, com a voz rígida, perguntar: "Olavo, o que você está fazendo?"

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