Engano Fatal: A Virada de Beatriz romance Capítulo 169

Silêncio.

No haras, só se ouvia o vento cortando o ar.

Pérola Diniz estava prestes a explodir de raiva. Esse animalzinho, há pouco tão dócil, de repente mostrou um temperamento tão feroz!

E, para piorar, Beatriz Mendes ainda zombava ao lado, enquanto Pérola sentia o rosto arder de vergonha—nunca havia passado por uma humilhação dessas!

—Pérola, você se machucou? —Thiago Silva correu para ajudá-la a se levantar, lançando um olhar fulminante para o potrinho.

—Esse animal ousa te ferir... Vou chamar alguém para sacrificá-lo agora mesmo, para compensar o que você passou!

Outros logo se manifestaram:

—É isso mesmo, toda a culpa é desse animal! Muito temperamental, não serve para ficar no haras.

—Pérola tem um status tão elevado. Se ela quis montar esse cavalo, deveria ser uma honra para ele, e ainda assim não soube aproveitar.

A irritação de Pérola Diniz diminuiu um pouco; ela, porém, continuou com expressão fechada:

—Vão lá, quero esse cavalo morto agora.

O semblante de Beatriz Mendes se fechou.

Que absurdo era esse? Desde o início, o gerente já havia avisado Pérola Diniz de que esse cavalo tinha dono.

Cavalo com dono não aceita ser montado por qualquer um — isso é básico.

Mesmo assim, Pérola Diniz insistiu, abusando do privilégio, e agora só sabia dizer "matar", "eliminar". De onde vinha tanta arrogância?

No meio dos murmúrios e palavras de consolo, Beatriz Mendes falou, calma:

—Srta. Diniz, se não conseguiu montar no cavalo, não jogue a culpa nele. Se for assim, cada vez que não subir num animal, vai mandar sacrificar todos daqui? Deixe pelo menos dois para o Sr. Leonardo, afinal, o haras é dele.

Silêncio imediato ao redor.

O sangue de Pérola Diniz subiu à cabeça; seu rosto se contorceu:

—O que você disse?!

Beatriz Mendes arqueou uma sobrancelha:

—Disse que, se sua equitação não é suficiente, é melhor reconhecer.

—Você! —Pérola ficou tão nervosa que quase teve um colapso.

Thiago Silva, querendo defender sua musa, declarou com desdém:

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