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Engano Fatal: A Virada de Beatriz romance Capítulo 61

Venessa Lacerda foi arrastada para fora, ao mesmo tempo furiosa e assustada.

— Não! Beatriz Mendes, sua ordinária, eu quero que você tenha um fim miserável...

Por mais alto que gritasse, logo foi forçada a entrar no carro.

Dentro do restaurante, os convidados não conseguiram conter os cochichos.

— Esse homem não é qualquer um, dá pra ver. A Rúbia Lacerda ainda disse que, sem o Leonardo Martins, a Srta. Beatriz nunca mais se casaria. Olha aí, o plano da amante foi por água abaixo.

— A família Mendes passou vergonha dessa vez. Primeiro, estourou o escândalo da Rúbia tentando vender a Srta. Beatriz, depois aparece a Venessa de olho na herança. Fico pensando o que a família Mendes vai fazer agora...

Beatriz Mendes desviou o olhar, mantendo a compostura.

— Pronto, vamos embora—

Antes que terminasse a frase, sentiu o pulso ser segurado por uma mão firme.

Miguel Rodrigues franziu levemente a testa.

— Você não disse que estava com dor na mão? Vamos passar um remédio.

Beatriz Mendes virou-se, surpresa, quase tropeçando. Tinha falado da dor apenas para provocar Venessa, mas Miguel levou aquilo a sério?

Ela engoliu em seco.

— Não precisa, não sou tão delicada assim...

Miguel já tinha o creme medicinal nas mãos.

— Eu permito que você seja delicada. Me dá a mão.

Beatriz, atônita, estendeu a mão. Parecia que nunca ninguém a tratara tão bem. Miguel era o primeiro homem a se preocupar, de fato, com sua dor.

Enquanto ela permanecia absorta, ele já terminava de passar o remédio.

— Vamos entrar.

O motorista levantou a divisória, transformando o banco de trás num espaço isolado.

Assim que Beatriz se acomodou, ouviu um leve estalo — parecia que o zíper do vestido tinha prendido em algo.

Tentou alcançar com a mão, mas, como estavam cobertas de creme, só lhe restou pedir ajuda a Miguel.

— Pode olhar aqui pra mim...?

De repente, o zíper atrás dela cedeu de vez!

O vestido deslizou para baixo, e a pele alva de Beatriz ficou à mostra diante de Miguel. Atordoada, ela agarrou o tecido e, instintivamente, ergueu o olhar...

— Miguel Rodrigues, aqui não pode... o espaço é muito pequeno!

A mão de Miguel, que estudava o zíper, parou. Ele arqueou uma sobrancelha.

— Está reclamando do espaço?

O rosto de Beatriz ficou corado num instante, a vergonha queimando ao ponto de quase não conseguir falar.

— O motorista está aí na frente... Enfim, não dá aqui!

O silêncio tomou conta do carro.

Miguel, subitamente, entendeu aonde o pensamento dela tinha ido. Como ela podia imaginar esse tipo de coisa naquela situação?

Ele ajeitou o zíper com calma, mantendo-se sério e contido.

— Sra. Rodrigues, acho que você entendeu tudo errado. Não costumo forçar ninguém nessas situações.

No momento seguinte, Beatriz ouviu o zíper fechar. Ficou zonza.

Virou-se devagar, o rosto em chamas, morta de vergonha.

— Você... você estava só consertando o zíper?

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