Entre o amor e a vingança romance Capítulo 161

Samuel estava vestido com uma elegante camisa preta. A única coisa estranha nele era que seu belo rosto estava com uma expressão ansiosa. Seus olhos negros estavam fixos na mulher em sua frente. Ele ainda estava ofegante por ter corrido até ali. Natalie, instantaneamente percebendo a situação de Samuel, se sentiu no limite.

Ela, na defensiva, perguntou: “Você está aqui para me criticar? Pois bem, despeje toda sua raiva em mim, como quiser, mas por favor, não puna ainda mais Sophia e Franklin…”

O coração de Samuel amoleceu com essas palavras Seus braços se ergueram imediatamente. Entretanto, Natalie ficou em estado de alerta devido a força e velocidade de Samuel; ela sabia que não conseguiria escapar de um soco dele se ele tivesse a intenção de soca-la, então, fechou os olhos, se preparando para receber um golpe. Porém, para sua surpresa, isso não aconteceu. Ao invés disso, inesperadamente, ela foi puxada pela cintura e recebeu um abraço caloroso.

“Bobinha, quem disse que eu vou te bater? Eu jamais faria algo assim a você,” Samuel murmurou ainda ofegante. Natalie sentiu um aperto em seu coração naquele momento. Agora que ela finalmente teve tempo de pensar sobre o que acontecera, ela começou a se preocupar com as possíveis consequências que Kenneth iria impor, por ela ter levado seus bisnetos. Ela sabia que ele era um homem impiedoso.

Assim, Natalie sentiu que seria complicado para ela resolver as coisas se a família Bower decidisse tomar medidas contra ela por se intrometer em seus assuntos. Sua mente havia se tornado um caos. Ela imaginava todos os problemas que a aguardavam. No entanto, ela com certeza não esperava receber um abraço de Samuel. Parecia que um enorme peso havia sido tirado de seus ombros naquele exato momento. No entanto, ao mesmo tempo, ela tinha medo da ganância subir sua cabeça.

Samuel pode realmente ser meu?

Natalie estava paralisada. Ela tentou afastar Samuel, apenas para perceber que seus braços estavam a segurando com firmeza e não pretendiam soltá-la.

“Papai, por que você está aqui?” A voz de Franklin soou de repente e quebrou o silêncio. Ele havia notado uma movimentação do lado de fora da porta e veio descobrir o que era. Mesmo assim, sua mão continuou segurando a de Xavian. Natalie imediatamente se lembrou de que estava na presença de três crianças.

Como se fosse pega em flagrante, ela se soltou apressadamente dos abraços de Samuel. A súbita retirada de seu corpo macio dos braços de Samuel fez com que ele se realizasse. Depois disso, ele disparou um olhar frio até Franklin, que grosseiramente havia interrompido seu abraço. Nisso, Franklin recuou, encolhendo sua cabeça no colarinho de sua camisa como uma tartaruga.

Humm! Eu posso só ter cinco anos, mas consigo dizer que você também gosta da Natalie, papai. Pode esquecer, porque eu não vou deixar o Sr. tê-la!

“Estou aqui para arrumar sua bagunça, agora que você soltou essa bomba e foi embora”, disse Samuel. Franklin mostrou a língua enquanto dizia: “O Sr. não precisa fazer isso porque é meu pai. Além disso, eu não causei nenhum problema hoje. A culpa foi do meu bisavô. Ele prefere ouvir aquela mulher má do que eu, seu próprio bisneto.”

Embora Natalie não tenha convidado Samuel para entrar, ele corajosamente tomou a liberdade de adentrar sua casa. Sua sala de estar, que era bastante espaçosa inicialmente, imediatamente ficou lotada com a presença de Samuel.

Vendo que Franklin ainda tinha forças para responder, Samuel supôs que Natalie já o havia tratado com alguma pomada. Seu olhar preocupado então se virou para Natalie, que imediatamente ficou tensa e desconfortável. Perguntou nervosa: “Por que você está olhando para mim assim?”

Samuel rangeu os dentes antes de responder: “Preciso lhe perguntar algo em particular”.

Natalie não ficou surpresa. Ela entendeu que era necessário resolver o conflito entre ela e a família Bower, mesmo que Samuel fosse o único que ela tivesse que enfrentar. Por isso, ela acenou com a cabeça: “Com certeza.”

Quando Samuel estava prestes a entrar no quarto de Natalie para conversarem a sós, as três crianças se aproximaram e o agarraram do nada. Franklin e Xavian seguravam cada um lado da camisa de Samuel enquanto ainda estavam de mãos dadas. Sentada no chão estava Sophia com os olhos cheios de lágrimas, que também estendeu a mão para abraçar a perna de Samuel enquanto balançava intensamente a cabeça.

“Vocês-” As palavras de Samuel falharam enquanto olhava para as três crianças.

“Por favor, não brigue com a Natalie também”, implorou Franklin.

“Eu não vou deixar vocês conversarem se for brigar com minha mamãe”, afirmou Xavian.

Incapaz de falar completamente a frase, Sophia apenas chorou. Grandes gotas de lágrimas rolaram por suas bochechas e em sua camisa de maneira comovente. Após essa visão, Samuel fez uma cara carrancuda. Ele ordenou em voz baixa: “Me soltem”.

Para sua surpresa, nenhuma das crianças o obedeceu. Foi então que Natalie soltou um suspiro alto: “Pessoal, por favor, se acalmem e soltem ele. Ele só vai falar comigo. Além disso, ele não ousaria me machucar na presença de vocês, mesmo que quisesse.”

Depois de ouvi-la, os três obedientemente soltaram Samuel. Embora ele não estivesse surpreso com o carinho de seu filho por Natalie, ele ainda estava impressionado com o quão profundamente apegado eles estavam a ela.

Segundos se passaram antes que ele e Natalie entrassem em seu quarto para conversarem. Assim que fecharam a porta, com rosto Samuel neutro, ele a ordenou: “Tire a roupa”.

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