Entre o amor e a vingança romance Capítulo 855

Qualquer um era capaz de ver como Samuel era bonito só de vislumbrar suas costas sob a camisa branca.

Natalie estava do lado de fora e não podia ver seu rosto de onde estava.

Abriu a porta e caminhou em direção a ele.

Contudo não era o único no local.

Ao ver Luna vestindo uma blusa verde e uma saia de cor creme ao lado de Samuel, o pavor serpenteou por sua espinha, fazendo-a torcer os dedos dos pés e congelar onde estava.

Ele não vai me pedir em casamento? Então por que Luna está aqui?

Descrente, seus olhos se arregalaram enquanto os observava.

Estavam tão imersos em sua conversa que não notaram a presença de Natalie.

“Desculpa, Luna. Me arrependi muito tarde”, Samuel ajoelhou-se. “Enfim percebi que a pessoa que amo é você e não Natalie. Espero que possa ficar comigo para sempre.”

Uma confissão tão sincera, mas para outra mulher.

Natalie sentiu o corpo gelar e sentiu-se abatida.

De jeito nenhum, isso é impossível! É ilógico!

A mulher cerrou os punhos e enterrou as unhas nas palmas das mãos a fim de tentar acordar daquele pesadelo. A dor era tão real, provando que a cena que se desenrolava a sua frente não era só um sonho ruim.

Luna podia vê-la, mas já era tarde para voltar atrás.

“Me fala... Fala, Samuel. Esse pedido com o qual gastou tanto tempo e esforço era para ela e não para mim?”, Natalie riu e as lágrimas escorreram de seus olhos. “Continua brincando comigo? Deixa eu esclarecer uma coisa, conheço você e sei que não ama nenhuma outra mulher além de mim.”

O coração das pessoas pode mudar, mas não o de Samuel. Ele se sacrificou por mim diversas vezes, é impossível que ame outra mulher.

Embora tivesse visto a cena, ainda não acreditava.

Samuel se entristeceu ao vê-la chorar, mas pensou nos próximos seis meses, conteve-se e manteve a compostura. “Não estou brincando. Devo dizer que amo Luna ou que você é apenas quebra-galho dela?”

“Quebra-galho?”, murmurou.

“Eu amo a Luna”, disse olhando para Natalie. “Sempre a amei, mas depois que me acidentei aos dezoito anos perdi parte da minha memória por causa do trauma, só que tudo a respeito dela continuava gravado em algum lugar na minha cabeça, em especial o aroma de ervas.”

“E?” As lágrimas fluíam quando concluiu a história para ele: “Como o aroma era o mesmo, nos confundiu e me tratou bem achando que fôssemos a mesma pessoa. Agora que ela está aqui e te ajudou a recuperar a memória, percebeu que não era eu?”