Será que... será que estava imaginando coisas por causa da bebida?
“Ah, sim. Lembrei”, disse Ross de repente.
“O quê?”
“Lembrei quem é. Falam pouco dele. Quando o assunto são os York, as pessoas falam mais sobre Riley e Carlo.”
Continuou pouco depois: “Na verdade, ele ia herdar a empresa, mas se feriu gravemente três anos atrás e não pôde assumi-la.”
Natalie mordeu os lábios e perguntou: “Então foi ele quem teve o rosto desfigurado por causa do incêndio?”
“Sim”, Ross assentiu. “Dizem as más línguas que não foi só o rosto, mas o corpo também. Mesmo com o transplante de pele, tem tantas cicatrizes que sua aparência não é mais a mesma. Por isso ele dificilmente aparece em público. E quando aparece, usa uma máscara.”
A descrição, da máscara à voz rouca, era compatível com o homem que havia conhecido na noite anterior.
Aquilo era resultado da experiência vivenciada por Xander há três anos.
Parece que eu estava mesmo delirando.
“Por que a pergunta tão repentina?”, o funcionário questionou enquanto ajustava os óculos de hastes douradas.
Natalie respondeu: “Ele me ajudou, então estava curiosa. Ia investigá-lo, mas você poupou meu tempo e esforço.”
“Sra. Nichols, você e Samuel...”
“Xiu.” A mulher colocou o dedo indicador nos lábios e agitou a cabeça. “Vamos mudar de assunto. Não quero falar sobre coisas ruins.”
Não se entregar ao desespero não queria dizer que os eventos foram menos dolorosos.
Ross não a interrogou mais quando compreendeu e a deixou sozinha para pensar.
Enquanto isso, na Corporação Centurion, Kenneth invadiu a sala do diretor com sua bengala. Luna seguiu atrás dele.
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