Entrelaçados por Amor romance Capítulo 33

Cap.33

Entrelaçados Por Amor

Lorena

Acabo de sair do quarto do Heitor, estou arrasada, porém realmente foi melhor assim, afinal o nosso quase relacionamento não tem nenhum motivo para continuar, mas porquê meu coração bobo não aceita o óbvio, já que meu cérebro sempre foi bem realista, mas inevitavelmente os sentimentos vêm à tona, e as lágrimas imediatamente inundam o meu rosto, logo estou o chorando ali no corredor totalmente entregue ao sofrimento, então acabei indo de volta para o quarto do meu pai, e Jéssica minha irmã ao me ver em pedaços já veio e me abraçou, ainda bem que meu pai estava fazendo exames e não estava ali. Então ela me consolou sem me perguntar nada. Simplesmente fiquei ali com ela por um tempo, mas assim que consegui me controlar contei a ela que tinha terminado com meu namorado, e que havia sido de forma difícil e trágica, mas que eu não queria falar sobre isso. Jéssica foi bem compreensiva comigo e não ficou me questionando nada, porém logo papai estaria de volta, então fiquei ali com ela, e deitei a minha cabeça no seu colo, ali no sofá, acabei me perdendo automaticamente nos meus pensamentos e problemas, minha mente sempre teima e volta para o Heitor, e na semana que passei ali com ele, não foi fácil vê-lo inicialmente muito mal, mas com o meu carinho e cuidado, logo ele estava bem melhor. Foram dias de cumplicidade e apesar da situação ruim e o local, me senti tão bem com ele, na verdade era como se eu e ele, fossemos ficar juntos para sempre.

Apesar que só podíamos compartilhar um leve carinho, mas para mim foi tão importante quanto o ato sexual, apesar que ele só de me tocar me fazia sentir derreter, pois meu prazer era estar junto dele. Infelizmente tomei uma decisão que naquele dia que transamos era o que eu achava estar correto, mas hoje me arrependo amargamente, pois vendo a situação de decepção dele, eu hoje não faria, porém o que eu fiz não teria como voltar atrás, e realmente eu não queria. Sei que não podia dar um bebê para o Heitor, ao menos não agora, pois tenho muitos traumas, e meus estudos pela frente, mas também sei que o Heitor não tem culpa disso. E, realmente, qualquer mulher gostaria de ter um filho com ele.

Infelizmente também chego à triste conclusão que nós dois juntos realmente não damos certo, pois olha a que ponto ele chegou, seu descontrole quase o matou, e meus sentimentos por ele são tão loucos e incontroláveis, pois cheguei ao ponto de esquecer do meu irmão, e isso não pode acontecer jamais, afinal prometi a mamãe, mas falhei e não fui ver o Hande em nenhum dia sequer, ele acabou viajando, e eu acabei ficando para trás, já que o Damian o levou, sei que ele é o pai dele, e entendi, mas logo também irei para Grécia. Kayla e Damian foram muito bons comigo, e dona Adelaide ficou para ir somente quando eu estivesse pronta, já que tudo estava providenciado, minha passagem, o colégio na Grécia, e assim que eu resolvesse, era só avisar que em seguida partiremos. Não sei nem como será, lá na mansão ao ver a dona Katrina agora, pois tenho certeza que ela não irá querer nem falar comigo depois de ouvir todas as minhas declarações ao Heitor, o que será que ela deve está pensando? Com toda razão o pior de mim, afinal eu menti mesmo para ela, e jurei não ter nada com Heitor. Infelizmente naquele momento eu achei que estava fazendo o melhor, mas mentiras nunca é bom, mamãe sempre me disse isso.

De repente, meu pai voltou com a enfermeira, que o trazia na cadeira de rodas, ele ao me ver ficou surpreso, pois com certeza achou que não me veria mais hoje, já que eu havia visitado, a pouco tempo, e a rotina era um visita diária.

Estou sem saber o que fazer, mandei mensagem para a Aretha e ela ainda não me respondeu, mas não tem outro jeito, preciso ir para a mansão. Acho que irei marcar minha passagem para ir para a Grécia logo, pois será o melhor. Então resolvi dar a notícia para o meu pai e para Jéssica dizendo que iria viajar, por isso havia voltado para me despedir. Meu pai ficou triste, mas logo Jéssica não se conteve.

— Mais porquê Lorena? — Onde você vai?

— Vou para a Grécia, eu preciso ir, pois meu irmãozinho está morando lá com o pai dele e com a sua madrasta. — Na verdade, os pais do Hande me adotaram.

— Lorena, se você não quiser ir não precisa filha, pois eu sou seu pai, e tenho meios para prover tudo a você aqui!

— Obrigada pai, mas não dá!

— Filha, fique aqui conosco ao menos por um tempo!

— Me desculpe pai, mas realmente eles vão ficar por seis meses lá, e tudo está planejado desde sempre, até meu colégio, mas prometo manter contato, e sei que o senhor estará aqui quando eu voltar!

— Wow Jessica filha, como velha, minha querida você só tem vinte um anos! — Lorena, não der ouvidos a sua irmã, pois ela gosta de fazer drama, mas deixou o maior advogado de Goiás para trás lambendo poeira.

— Lorena não der bola para nosso pai, pois o Marcelo Prado Queiroz é um cretino é um tremendo arrogante convencido, e mereceu meu desprezo, afinal ele só me queria por interesse, e doeu muito saber que era tudo falso, pois eu estava completamente apaixonada. Mas ele não vale nada, pois já enrolava uma moça a anos em Goiânia, a mesma me mostrou tudo via mensagem!

— Nossa, sinto muito Jéssica! — Mas, meus motivos para casamento não era os certos.

" Uau, realmente cada um tem seus próprios problemas, eu sequer imaginava que minha irmã também estava sofrendo!"

Então contei o que houve sem mencionar os nomes nem do Heitor, nem da família dele. Jéssica então me chamou para ficar com eles, porém eu achei melhor ir mesmo para Grécia. Afinal queria sair por um tempo dos EUA, e talvez assim como ela, está esquecendo o tal quase ex noivo, eu também possa fazer o mesmo. Deixamos papai dormindo um pouco, e saímos para ir no apartamento próximo ao hospital… Acabamos tendo um pouco mais de conversas entre meninas, e foi ótimo ouvi ela e sua história dramática, e entender que o amor tem que ser leve e tranquilo, pois coisas loucas só dão dor cabeça. Assim como estou vivendo na minha própria pele, Jéssica infelizmente também não teve sorte, mas a diferença e que ela não foi idiota como eu, e não chegou a ser entregar ao patife do tal advogado.

Autora: Graciliane Guimarães