Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1035

Ela franzia a testa, com os cantos da boca apertados, incapaz de falar por um bom tempo. Finalmente disse: "Se essa é a decisão do diretor, não posso contestar. Afinal, só vamos entregar documentos. Aquela estudante insiste em ir conosco, espero que ela não cause problemas desnecessários. Afinal, lugares como a favela, ninguém poderá ajudá-la se algo acontecer!"

Marcelo sabia que ela estava irritada porque Hera queria acompanhá-los, e falou aquilo por estar chateada, mas ele não se zangou. Apenas respondeu com um ar de mistério: "Relaxa. Eu conheço a Hera, ela não é do tipo que procura confusão. Se ela insiste em ir conosco, deve ter seus motivos. Quem sabe não acaba nos ajudando?"

Uma caloura poderia realmente ser de alguma ajuda lá?

Kelly não acreditava nisso, mas ao ver Marcelo tão convicto, não quis desanimá-lo.

Ela duvidava que Hera pudesse ser útil, apenas esperava que a caloura não acabasse atrapalhando!

Enquanto conversavam, uma figura esguia apareceu na linha de visão de Marcelo.

A garota estava vestida quase da mesma forma que no dia anterior, só que havia trocado a camiseta de manga curta por uma de manga longa. Usava um boné de aba reta, com a aba bem baixa, e o capuz da blusa puxado por cima, deixando à vista o fio dos fones de ouvido, como se estivesse ouvindo música.

Ela caminhava em um ritmo tranquilo.

Parecia que ir à favela não era grande coisa para ela; não levava bagagem alguma, apenas uma mochila preta no ombro que parecia vazia.

"Hera, por aqui!" Marcelo a viu e acenou rapidamente.

A garota levantou os olhos em direção a eles.

Ele acenou novamente, com um tom de voz suave: "Aqui."

Kelly também viu a garota se aproximando. Ao notar que Hera não carregava nada e tinha um ar de desdém, ela franziu a testa, descontente, e sem cumprimentar Hera, virou-se, pegou sua água e foi procurar outras pessoas.

"Sim, entendi." Hera já havia se encontrado com Marcelo e os outros, então não prolongou a conversa, falando com voz baixa e preguiçosa: "Vou desligar, falamos mais tarde."

Ela foi direta, nem esperou a resposta do outro lado, tirou o celular do bolso, encerrou a chamada e tirou os fones de ouvido.

Seu rosto, escondido sob o boné, era delicadamente bonito, com um olhar um tanto preguiçoso. Parada diante de Marcelo, mantinha as costas retas, mas por algum motivo, transmitia uma sensação de desinteresse e relaxamento.

Com educação, Hera cumprimentou: "Bom dia, Diretora Marga."

"Bom dia." Marcelo, sempre apreciador de talentos, acenou com a cabeça e disse gentilmente: "Já tomou café? Tem uma franquia de KFC ali perto. Se não comeu, podemos comprar algo antes de embarcar. Senão, com o tempo de voo, você pode ficar com fome."

Hera viu o KFC e também viu Kelly e os outros, retirou o olhar, colocou uma mão no bolso, baixando os cílios: "Não precisa, já comi."