Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1125

Hera não deu mais chances para Joana tentar convencê-la a ficar. Olhou para trás, acenou para os amigos e partiu confiante, sem olhar para trás.

*

Enquanto isso, do outro lado dos bastidores, Brunilda já tinha destruído tudo o que podia ser quebrado ao seu redor.

Ela estava visivelmente abalada, com a expressão tão escura quanto o fundo de uma panela de feijoada, um tom de azul-marinho tomava conta de seu rosto.

Segundo lugar?

Que piada!

A diretora Marga e sua turma realmente sabem como irritar alguém!

O peito de Brunilda subia e descia violentamente, furiosa ao ponto de ficar atordoada. Seus olhos reviraram e seu coração batia tão forte que parecia que iria saltar pela garganta.

Sentada em frente ao espelho da penteadeira, ela olhava para o reflexo de sua maquiagem meticulosamente aplicada como se visse um palhaço de carnaval. Ao pensar na sua colocação final, ela sentiu uma opressão no peito, impossível de ignorar, e com raiva, lançou um frasco de perfume contra o espelho.

O vidro contra vidro, o espelho se estilhaçou, formando uma teia de rachaduras.

Brunilda, no entanto, manteve-se fria, apoiando-se na penteadeira com uma expressão de ódio fixa no espelho quebrado, como se através dele pudesse ver o rosto arrogante da menina que desprezava.

A mera lembrança da expressão desleixada e do olhar indiferente de Hera apertava seu pescoço, fazendo-a respirar com dificuldade...

"Veterana", Vitória e as outras tremiam num canto, sem coragem de se aproximar para acalmá-la. Elas se olhavam, ainda atordoadas pela derrota na cerimônia de abertura do semestre.

Elas acreditavam que, com a presença da própria Chasing light e o apoio de Henriques, o curso de Ciências da Saúde jamais perderia para o pequeno Departamento de Medicina Tradicional.

Seu olhar era tão feroz que Vitória sentiu como se pudesse ser devorada ali mesmo.

Sentindo um arrepio na espinha, ela se encolheu, chamando com insegurança: "Brunilda..."

O jeito que Brunilda a olhava era verdadeiramente assustador, como se fosse devorá-la.

Ao ser chamada, Brunilda pareceu voltar a si, desviando o olhar com uma mistura de orgulho e relutância na voz: "Eu pedir à Sra. Marga para interferir no resultado seria o mesmo que admitir que não posso aceitar a derrota?"

"Não era isso que eu queria dizer, só estava tentando defender você," Vitória, tremendo de medo, esclareceu rapidamente: "Eles foram injustos conosco. Você se esforçou tanto para essa apresentação, eles ultrapassaram o limite e eu não pude ficar calada..."

"Eu sei."

Brunilda parecia ter se acalmado um pouco, respondendo com compreensão, mas seus dedos estavam tensos, a ponto de embranquecerem.