Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1136

No começo, Sylvia ainda conseguia manter a calma, mas ao ouvir isso, olhou bruscamente para ele: “Mano, essa casa sempre foi onde moramos, se você a pegar de volta, onde vamos morar?”

Remígio franziu a testa, chamando-a com voz fria: “Wanru, fica quieta!”

Sylvia se conteve, virando a cabeça.

Os parentes da Família Hollanda ficaram chocados com o pedido feito por Orestes, trocando olhares surpresos, vendo o espanto nos olhos uns dos outros.

Os irmãos da Família Hollanda sempre se deram bem, nunca houve discórdia na família, mas o que aconteceu desta vez para o sempre amável Orestes fazer um escândalo querendo dividir a herança e até retomar a casa ancestral?

A maioria dos parentes da Família Hollanda morava em Cidade Milagre, apenas uma tia-avó havia se mudado para Cidade Liberdade anos atrás com Galvão.

Desta vez, Orestes a chamou também.

Quando ela ouviu que Orestes queria dividir a herança e também retomar a casa, ficou surpresa, franzindo a testa, olhou para Hera ao lado e depois voltou-se para Galvão, dizendo: “Irmão, isso... O que Orestes está fazendo? Somos todos uma família, ‘mesmo quebrando os ossos, os tendões permanecem unidos’. O que aconteceu para chegar a esse ponto?”

Ela também expressou de forma sutil sua desaprovação: “Se há um problema, devemos falar e resolver juntos. Como diz o ditado ‘com os mais velhos presentes, não se divide a casa’, por que dividir uma casa que está bem assim?”

Ela e Galvão eram primos de segundo grau.

Ela tinha um neto da mesma idade que Brunilda, mas que não tinha o mesmo sucesso acadêmico, não conseguindo entrar na Universidade Castelo, frequentando uma instituição de terceiro escalão em Cidade Liberdade.

Ela tinha planos claros de que o futuro do menino estaria na empresa da Família Hollanda.

E a empresa da Família Hollanda era gerida por Remígio.

A antiga residência não era apenas uma propriedade, mas um símbolo do status social da pessoa.

Morar lá, como Brunilda e sua família, era dizer às outras famílias de Cidade Liberdade que eles eram os herdeiros escolhidos por Galvão!

Esse valor tácito externo foi o motivo pelo qual Sylvia mudou de expressão ao ouvir Orestes pedir para retomar a casa.

Galvão, segurando firmemente seu bastão, sentado em uma cadeira de rodas, tinha um olhar nebuloso, mas observador, não era um velho senil, mas alguém que, apesar das marcas do tempo, mantinha uma personalidade astuta.

Ele ignorou a tia-avó tagarela, virou a cabeça, olhou para Brunilda e perguntou: “Brunilda, o que você acha?”

Os olhares dos parentes e anciãos se voltaram novamente para Brunilda.