Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1191

Ao falar, ela parecia ocupar uma posição elevada: "Se ela quisesse jantar conosco, teria ido com a gente na festa da universidade. Naquela vez, ela também arrumou uma desculpa para não ir, não é? Desta vez é a mesma coisa. Não é coincidência toda vez, ela simplesmente não quer jantar conosco."

Joana franzia as sobrancelhas ainda mais, sem dizer nada.

"É isso aí. Ela é a 'Chasing Light', com milhões de seguidores, é normal que ela não nos dê bola. Somos de mundos diferentes, não tem por que ficar bajulando," Rebeca disse, sem esperar por uma resposta, e, com um ar de importância, pegou seus livros para sair: "Eu também não vou mais, comam sem mim. Vou voltar para o dormitório ler!"

Ela sabia que haveria uma competição de programação de robôs em breve.

Apesar de estar estudando no Departamento de Medicina Tradicional, ela tinha um talento nato para computação, algo que seu professor do ensino médio havia mencionado ser de nível mundial.

Quem fosse selecionado representaria o país no exterior.

Ela queria participar dessa competição.

Se ela pudesse se destacar, mudaria seu destino e, por extensão, o destino de sua família.

Pensando assim, Rebeca olhou para Joana, Nicolas e os outros, sentindo que essas pessoas, que cresceram na cidade e em berço de ouro, eram de um mundo diferente do seu.

Hera, por outro lado, tinha uma origem semelhante à dela, vinda de uma pequena cidade, mas, infelizmente, após um único encontro, restou apenas decepção.

Sem dizer mais nada, ela se afastou com seus livros.

Assim que ela se foi,

Joana, furiosa, disparou: "O que ela quis dizer com isso? Por que sinto que ela tem uma grande antipatia pela Hera? Hera não fez nada para ela, além de trazer prestígio para nosso departamento. Não há necessidade de visar a Hera."

Nicolas olhou para a silhueta da garota se afastando, com um olhar compreensivo, e falou friamente, com as mãos nos bolsos: "Sempre tem alguém que se acha o único sóbrio em meio a bêbados, pensando que é diferente dos demais. Melhor deixar pra lá, vamos."

Joana não entendeu o que ele quis dizer, mas, como Nicolas era de poucas palavras entre os garotos e ela não compreendia, simplesmente seguiu-o, junto com os outros, em direção ao refeitório.

A porta do carro se abriu.

Duas pessoas desceram.

Ao vê-las, os olhos de Hera rapidamente se esfriaram, e sua voz saiu rouca: "Bom cão não bloqueia o caminho."

Kesia Carrara e Paula Silva ficaram furiosas com seu comentário, especialmente Paula, que apertou a bengala em sua mão, quase levantando-a para atacar a garota.

Mas, lembrando-se do motivo de sua visita, ela engoliu sua raiva, forçando um sorriso que mais parecia uma careta: "Hera, tem um tempinho? Que tal tomarmos um suco?"

"Não tenho tempo," a resposta da garota veio rápida, e ela contornou as duas, pronta para atravessar a rua.

Vendo que ela não pretendia interagir, Kesia rapidamente correu para bloquear seu caminho novamente, implorando em voz baixa: "Hera, sua avó veio com tanto esforço até a Cidade Liberdade, por favor, tenha consideração pela idade dela e tome um suco conosco. Prometo que não vai tomar muito do seu tempo."